Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Minha aposta é o distrital misto em 2022, afirma presidente da Câmara

Antes disso, porém, democrata apoia o chamado "distritão" em 2018

Brasil|Do R7

Maia: distritão estimula renovação
Maia: distritão estimula renovação

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (28) que defende a adoção do voto distrital misto como critério para eleição dos parlamentares já em 2022. "É a minha aposta", disse o democrata.

Antes disso, ele apoia o chamado "distritão" em 2018, como uma forma de realizar uma transição entre o sistema atual (proporcional) e o distrital misto para 2022.

Maia reconheceu que, ao defender o distritão para 2018, ocupa uma fatia minoritária do debate entre especialistas e cientistas políticas e disse que, ao contrário do que se afirma, o distritão estimula a renovação política, por ser um modelo caracterizado pelo voto majoritário, em que os mais votados para o Congresso são os eleitos.

As declarações foram dadas durante evento sobre renovação política em São Paulo, em auditório do Insper, que também conta com a participação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.


O presidente da Câmara disse também que haverá amanhã uma nova reunião entre lideranças da Casa para uma nova rodada de discussões sobre a proposta de reforma política. Segundo ele, a cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais "estão mais harmonizadas".

— Terminado de votar a TLP [Taxa de Longo Prazo] na terça-feira, podemos passar toda a quarta-feira votando a reforma política.


Em relação ao fim das coligações proporcionais, o deputado declarou que a mudança está prevista para 2020, pois não há votos suficientes na Câmara para aprovar a alteração para já. Disse ainda que a adoção do parlamentarismo, dado o sistema praticado hoje, seria "meio confuso".

— Primeiro temos que consertar nosso sistema eleitoral.


Haddad, por sua vez, defendeu que o voto majoritário, em caso de aprovação do distritão, seria um retrocesso. "É sufocar as minorias políticas", disse o ex-prefeito, que afirmou que a composição da Câmara tem de ser uma representação da diversidade da sociedade. Para Haddad, o melhor seria manter o modelo atual, proporcional, mas retirando as coligações, que, segundo ele, "distorcem a representação"

Ainda na avaliação do ex-prefeito, o fim das coligações proporcionais já diminuiria o número de partidos sem precisar de cláusula de desempenho. Ele também se posicionou a favor do financiamento público de campanhas, mas com um valor "muito mais modesto" do que o discutido até agora. A proposta de reforma política prevê fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões.

Eleição

Ao responder pergunta sobre renovação política no Brasil, Maia afirmou que, se Haddad tivesse sido candidato à Presidência da República, no lugar da ex-presidente Dilma Rousseff, o partido "não estaria passando pela crise que passa hoje".

Haddad, por sua vez, ao ser questionado sobre se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representaria um problema para a renovação da esquerda, comentou, em tom de brincadeira, que o ex-presidente representa um problema para todo mundo, para a esquerda e para direita.

— É uma figura complexa, que aparece a cada cometa.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.