Ministro da Fazenda foi “infeliz” ao dizer que redução de impostos para empresas foi grosseira, diz Dilma

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (28) que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi “infeliz” quando disse que a redução da carga tributária da folha de pagamento das empresas foi “um negócio muito grosseiro”. 

— A desoneração da folha, ela foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo.

Em entrevista coletiva ontem, Levy disse também que "essa brincadeira [desoneração da folha de pagamento] nos custa R$ 25 bilhões por ano, e estudos mostram que não tem criado e nem protegido os empregos".

Ontem, uma publicação do governo no Diário Oficial da União determinou uma diminuição no desconto para empresas nos impostos na folha de pagamento. As alíquotas de empresas que pagavam 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta passam para 2,5%, enquanto as que tinham alíquota de 2% passam para 4,5%.

A presidente avisou, porém, que “tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do País”.

— [A desoneração da folha de pagamento] é um instrumento que vai permanecer. Agora, em certas conjunturas, tem de ser reajustado, ou para cima, ou para baixo. Agora, foi para cima.

Ao lado do presidente do Uruguai, José Mujica, Dilma participou da inauguração do Parque Eólico Artilleros, na cidade uruguaia de Colônia.