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MPF cobra Justiça por decisão sobre afastamento de Ricardo Salles

Órgão pediu pressa para decisão sobre ação de improbidade administrativa a que o ministro responde por suposto desmonte de políticas ambientais

Brasil|Do R7

Procuradores citaram piora nas queimadas nos meses de julho e agosto
Procuradores citaram piora nas queimadas nos meses de julho e agosto

O MPF (Ministério Público Federal) enviou petição à Justiça Federal no Distrito Federal para pressionar o órgão a tomar uma decisão sobre o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que responde a uma ação de improbidade administrativa impetrada pelo próprio órgão. 

Leia mais: Força Nacional vai apoiar combate a incêndios no Pantanal

Segundo 16 procuradores do MPF, Salles estaria promovendo um desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção ambiental, o que levou o grupo a entrar com ação no dia 6 de julho deste ano. 

Na época em que os procuradores entraram com a ação o ministro Ricardo Salles emitiu nota, onde avaliou o pedido como uma "tentativa de interferir em políticas públicas". "As alegações são um apanhado de diversos outros processos já apreciados e negados pelo Poder Judiciário, uma vez que seus argumentos são improcedentes", afirmou Salles, em nota.


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No pedido enviado hoje à Justiça, os procuradores citam os dados alarmantes de desmatamento nos últimos meses, citando os biomas da Amazônia e do Pantanal. O número de focos de incêndio no Pantanal entre janeiro e agosto deste ano equivale a tudo o que queimou no bioma nos seis anos anteriores, de 2014 a 2019.

Os dados revelam que, entre janeiro e agosto, foram registrados pelos satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) um total de 10.153 focos de incêndio no Pantanal, bioma que soma 150 mil quilômetros quadrados, localizados nos Estados do Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%). O número de focos supera os 10.048 pontos de queimadas contabilizados pelo Inpe entre 2014 e 2019.

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