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“Não é a candidatura da oposição, nem da submissão”, diz Eduardo Cunha

Deputado vai concorrer à presidência da Câmara mesmo a contragosto do PT

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Desafeto do Planalto, Eduardo Cunha disputa presidência da Câmara
Desafeto do Planalto, Eduardo Cunha disputa presidência da Câmara

O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), lançou, nesta terça-feira (2), sua candidatura oficial à presidência da Casa, mesmo sem o consentimento do PT — que também pretende concorrer. Com o apoio do PSC e do DEM, Cunha se lançou na disputa usando o slogan: “Câmara independente, democracia forte”.

Conhecido por ser desafeto do Planalto e atuar mais como oposição do que como aliado ao governo, Cunha fez questão de deixar claro que não pretende favorecer nenhum dos dois lados. Segundo o deputado, se eleito presidente da Câmara, vai trabalhar para garantir os diretos tanto da oposição como do governo no Parlamento.

— Aqui não tem nenhuma candidatura que defenda a oposição e não tem nenhuma candidatura que será submissa à vontade de governo. É uma candidatura que vai defender o direito do governo ter a sua governabilidade, porque está legitimamente eleito para isso, mas também vai ser respeitoso com os direitos da oposição para ela poder exercer o seu papel. Papel de fiscalização, papel do debate, o seu legítimo direito de obstruir.

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O evento aconteceu no Salão Verde da Câmara dos Deputados com a presença de deputados do PMDB, do SD e do PSC, além de prefeitos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte que manifestaram apoio a Cunha e homenagearam o atual presidente Henrique Eduardo Alves (PDMB-RN).

A necessidade de um lançamento oficial da candidatura surgiu justamente para dar garantias aos outros partidos de que Cunha vai disputar as eleições para presidência, por mais que isso contrarie os interesses do PT. De acordo com o líder do PMDB, não há nenhuma possibilidade de acordo para que seu nome seja retirado em benefício de um candidato petista.


— Essa candidatura é uma candidatura irremovível. É uma candidatura que, aconteça o que acontecer, será levada à votação no plenário no dia 1º de fevereiro do ano de 2015, estará lá à disposição dos parlamentares que vão votar a sua escolha.

Campanha


Cunha afirmou que já deu início a conversas com os parlamentares na Câmara. Ele se reuniu com as bancadas rural e evangélica e a partir da desta quinta-feira (4), vai começar a viajar pelos diversos Estados para dialogar com os deputados que foram eleitos para a próxima legislatura.

— A intenção é visitar os parlamentares nas suas bases, os poderes locais, os governadores e, ao mesmo tempo, parlamentares que estão em primeiro mandato e ainda não vieram aqui na Casa. Quando se disputa uma eleição no meio do caminho é mais fácil, mas agora é uma eleição que está terminando uma legislatura e vai começar uma nova. Tem alguns parlamentares que eu não conheço, eu preciso conhecê-los, levar minhas propostas e pedir o voto deles.

As próximas viagens de Eduardo Cunha estão agendadas para os Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

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