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Navio grego é suspeito de derramar óleo em praias do Nordeste

Investigação revela que embarcação transportava óleo cru da Venezuela. Operação da PF cumpre dois mandados de busca e apreensão no RJ

Brasil|Do R7

Navio de bandeira grega é apontado como principal suspeito por derramar óleo
Navio de bandeira grega é apontado como principal suspeito por derramar óleo

Uma investigação da Marinha do Brasil e da Polícia Federal aponta um navio- tanque de bandeira grega como principal suspeito de causar as manchas de óleo que atingem as praias do Nordeste, desde o dia 30 de agosto.

A embarcação, que tem o nome de Boubolina, foi encontrada navegando nas áreas de manchas, transportando óleo cru de um terminal de carregamento de petróleo da Venezuela, com destino à África do Sul.

De propriedade da Delta Tankers, a identificação do navio mercante motivou a Operação Mácula, deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º) pela PF (Polícia Federal), por ordem do juiz Francisco Eduardo Guimarães, da 14ª Vara Federal de Natal.

A ação cumpre dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro - nos endereços da Lachmann Agência Marítima e da empresa Witt O Brien’s.


As companhias teriam relação com o navio petroleiro de bandeira grega.

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Segundo o delegado Agostinho Cascardo, um dos responsáveis pela investigação no Rio Grande do Norte, as empresas não são suspeitas em princípio, mas podem ter arquivos, informações e dados que sejam úteis às investigações.

30 embarcações foram investigadas além do navio grego

Entre 30 embarcações investigadas, imagens de satélite apontam este navio como o principal suspeito de derramar óleo nas praias do Nordeste. 


A investigação da Marinha e da Polícia Federal levou em consideração estudos sobre as correntes oceânicas, análise do tráfego marítimo, uso de geointeligência, e análise de resíduos químicos encontrados.

De acordo com as investigações, um acompanhamento atestou que o navio manteve seus sistemas de monitoramento alimentados e "não houve qualquer comunicação à Autoridade Marítima do Brasil sobre o derramamento em questão."

Estudos realizados pelo Centro de Hidrografia da Marinha junto a universidades e instituições de pesquisa delimitaram uma área inicial atingida pelo possível descarte do óleo.

Com isso, a Marinha chegou ao número de 1.100 navios a ser investigados. Depois, reduziu para 30 navios-tanques.

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A Polícia Federal identificou uma imagem de satélite de 29 de julho de 2019, relacionada a uma mancha de óleo, localizada a 733,2 km do estado da Paraíba.

A imagem foi comparada a imagens anteriores em que não foram identificadas as manchas.

O óleo coletado nas praias do Nordeste foi submetido a análises em laboratórios que comprovaram ter origem nos campos petrolíferos da Venezuela.

As investigações continuam para identificar as circunstâncias, se foi acidental ou proposital, fatores que envolvem o derramamento, as dimensões da mancha de óleo original e o volume derramado.

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A Marinha afirmou, em nota, que o ineditismo dessa ocorrência exigiu o estabelecimento de protocolo próprio de investigação, demandando a integração e coordenação de diferentes organizações e setores da sociedade.

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