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Operação Trapaça: ministério diz atuar com PF para evitar fraudes

Pasta da Agricultura se manifestou após ação da polícia em um dos maiores frigoríficos do país, acusado de adulterar resultados de laboratórios

Brasil|Fernando Mellis, do R7

BRF é acusada de adulterar resultados laboratoriais
BRF é acusada de adulterar resultados laboratoriais

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) divulgou nota após a deflagração da Operação Trapaça, nesta segunda-feira (5), dizendo que a pasta atua em conjunto com a Polícia Federal para evitar fraudes como as ocorridas na BRF, uma das empresas alvo de ação da Justiça.

Foi apurado que a BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão), granjas fornecedoras de aves para a empresa e laboratórios agiram em conluio para burlar a fiscalização, adulterando laudos de qualidade.

"As empresas investigadas burlavam a fiscalização preparando amostras, através dos laboratórios investigados, com o objetivo de esconder a condição sanitária dos lotes de animais e de produtos, evitando, assim, uma medida corretiva restritiva do serviço oficial", diz o ministério.

As empresas são acusadas de adulterar resultados para esconder a presença da bactéria Salmonella. Segundo o Mapa, trata-se de uma bactéria comum em aves, porém, quatro tipos exigem cuidados específicos.


"No entanto, quando utilizados os procedimentos adequados de preparo minimizam os riscos no consumo da Salmonella, uma vez que a bactéria é destruída em altas temperaturas, como frituras e cozimento", acrescenta o ministério.

"O processo de fiscalização do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal já havia identificado irregularidades nos procedimentos para respaldo à certificação sanitária implementada em algumas unidades frigoríficas, o que resultou em exclusão destes estabelecimentos para exportação aos doze países que exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella sp", acrescenta a pasta.


O juiz responsável pela Operação Fraude, um desdobramento da Operação Carne Fraca, expediu 11 mandados de prisão temporária. Entre os presos está o ex-presidente global da BRF Pedro de Andrade Faria. 

A BRF ainda não se manifestou sobre a operação policial desta segunda-feira. 

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