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Oposição tenta se aproximar dos ativistas

Para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o governo não merece "a mínima confiança"

Brasil|

Próximo ato contra Dilma Rousseff acontece no próximo dia 12
Próximo ato contra Dilma Rousseff acontece no próximo dia 12 Próximo ato contra Dilma Rousseff acontece no próximo dia 12

Embalada pelas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff no último domingo (15), a oposição rechaçou a tentativa do governo de abrir um diálogo para fazer com que as promessas de promover a reforma política, aprovar o pacote anticorrupção e realizar o ajuste fiscal saiam do papel.

Uma análise de conjuntura pós-manifestação produzida pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, afirma que a "pauta da cidadania" das ruas inclui a defesa "intransigente" dos direitos dos trabalhadores "impedindo que o arrocho proposto pela presidente avance no Congresso". O texto diz, ainda, que não será cortando benefícios e aumentando impostos que o País sairá da crise.

O diálogo é rechaçado pelos principais líderes da oposição. "Não há clima para dialogar com o governo, especialmente do discurso da presidente em cadeia nacional. Eles estão no mundo da lua", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato à vice-presidente na chapa de Aécio Neves em 2014. "Seria ir na contramão das manifestações", reforçou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o governo não merece "a mínima confiança".

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— Esse discurso [de diálogo] é surrado. Se a presidente quer ajuda, ela precisa dar sinais, como a redução de ministérios e cargos comissionados.

Para o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), a proposta do governo foi motivada "pelo grito das multidões".

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— Fazem isso para dizer que, de repente, viraram conciliadores. A reforma não depende de entendimento com a oposição. Ela vai acontecer naturalmente.

"Vale a declaração chamando ao diálogo, ou a de guerra, atribuindo as manifestações aos eleitores de Aécio", completa o deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM.

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Dilema

Apesar da multidão que tomou as ruas no domingo, a oposição se dividiu sobre sua participação nos próximos atos. Enquanto parte dos dirigentes partidários e parlamentares defende uma aproximação "lenta e gradual" com os organizadores, outros advogam a tese de que não há necessidade de colocar os políticos em cima do palanque.

Pelo contrário: isso poderia gerar antipatia dos manifestantes. "Na manifestação [de domingo] os organizadores estavam receosos com a participação de políticos nos carros de som. Poderia parecer oportunismo. Mas acho que, se o movimento continuar com essa força, será inevitável a nossa presença", diz o tucano Álvaro Dias.

"Não queremos proximidade com partidos. O PSDB não é oposição, é ocasião", diz Marcello Reis, líder do Revoltados On Line, um dos movimentos que participou dos protestos.

O próximo ato contra Dilma está marcado para o dia 12, em São Paulo. Mas não há consenso entre os grupos. O maior deles, o Vem pra Rua, por exemplo, resiste a aceitar a data, marcada pelo Movimento Brasil Livre.

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