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PF inicia operação que investiga desvio de recursos no Rodoanel

Operação Pedras no Caminho é desdobramento da Lava Jato. Policiais cumprem 15 mandados de prisão temporária e 56 de busca e apreensão

Brasil|Giuliana Saringer, do R7

Um dos detidos esconde seu rosto na chegada à Superintendência da PF em São Paulo
Um dos detidos esconde seu rosto na chegada à Superintendência da PF em São Paulo Um dos detidos esconde seu rosto na chegada à Superintendência da PF em São Paulo

A Polícia Federal iniciou a operação Pedra no Caminho, que apura o desvio de recursos públicos em obras do Rodoanel Viário Mário Covas — Trecho Norte. A operação é um desdobramento da Lava Jato. 

A polícia cumpre 15 mandados de prisão temporária e 56 de busca e apreensão em seis cidades de São Paulo e em uma no Espírito Santo — São Paulo (SP), Carapicuíba (SP), Arujá (SP), Bofete (SP), Ribeirão Preto (SP), São Pedro (SP) e Marataízes (ES). 

Os principais alvos dos mandados são ex-diretores da DERSA, executivos das Construtoras OAS e Mendes Junior, de empresas envolvidas na obra e gestores dos contratos com irregularidades.Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo. 

As investigações começaram a partir de um ex-funcionário de uma empresa que atuou em obras do Rodoanel, que contou com recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e foram fiscalizadas pela Dersa. A pessoa forneceu informações sobre possíveis manipulações em termos aditivos da obra. 

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As investigações apontam que as empresas envolvidas nas obras fizeram aditivos contratuais desnecessários para a apropriação dos recursos públicos. A maioria dos aditivos contratuais são relacionados à fase de terraplanagem da obra. Para maquiar a situação, os investigados utilizaram o "jogo de planilhas". 

Neste esquema, o licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros, de modo a colocar-se artificialmente como menor preço global. 

Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), houve superfaturamento de cerca de R$ 33 milhões e manipulação dos contratos, que geraram custos de mais de R$ 600 milhões.

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