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PF investiga desvios na saúde do Maranhão e destruição de provas

Autoridades cumprem 19 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e um de prisão preventiva

Brasil|Do R7

São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão
São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (18) de forma simultânea, duas fases da Operação Sermão aos Peixes — Peixe de Tobias (6ª Fase) e a Abscondito II (7ª Fase).

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e um de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal do Maranhão. A Justiça determinou o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor que supera os R$ 15 milhões.

As diligências estão sendo realizadas em seis cidades: São Luís e Imperatriz, no Maranhão, Parauapebas (PA), Palmas (TO), Brasília e Goiânia (GO).

A investigação contou com a participação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

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As investigações da Peixe de Tobias identificaram que, entre 2011 e 2013, aproximadamente de R$ 2 milhões destinados ao sistema de saúde estadual teriam sido desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz, tendo ocorrido o pagamento de valores mensais a blogueiros. A PF apura as circunstâncias do repasse.

A Abscondito II apura o vazamento da primeira fase da Sermão aos Peixes. O esquema investigado teria cooptado servidores públicos para obter informações privilegiadas sobre a investigação. A PF aponta indicativos de destruição e ocultação de provas.

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Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros com o objetivo de impedir que fosse decretada a perda.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados.

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Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Os nomes escolhidos para estas novas fases da operação são uma referência a trechos do Sermão de Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o "Sermão aos Peixes", no qual o religioso e filósofo utiliza vários peixes como símbolos dos vícios e corrupção da sociedade. O fel do Peixe de Tobias, apesar de amargo, teria a capacidade de curar a cegueira dos ouvintes.

No contexto da investigação, o Peixe de Tobias busca revelar (trazer luz sobre) parte da trama delitiva que envolveu o desvio de recursos públicos.

Já o nome Abscondito II, continuidade da Operação Abscondito, deflagrada em outubro de 2016, remonta a um trecho do Sermão segundo o qual alguns peixes, quanto maiores, mais se escondem. Trata-se de uma referência aos atos de ocultação de provas e de patrimônio a partir da tentativa de dissimulação e ocultação dos bens adquiridos com valores desviados do sistema de saúde estadual.

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