Pfizer pode enviar 9 milhões de doses no 1º semestre, diz ministro
Pazuello explicou, segundo o governador de Goiás, que já tem acordo com farmacêutica e reafirmou que vai comprar vacina de qualquer empresa
Brasil|Renata Varandas, da Record TV em Brasília
O Ministério da Saúde vai comprar vacinas para a prevenção da covid-19 de qualquer empresa, nacional ou estrangeira, desde que haja disponibilidade de atender a demanda nacional.
As informações foram confirmadas pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), em entrevista exclusiva ao R7.
De acordo com o chefe do executivo goiano, Pazuello tem a promessa da farmacêutica americana Pfizer de receber ao menos 500 mil doses em janeiro e outras 500 mil em fevereiro, além de mais 2 milhões de unidades em março. Entre abril e junho, serão mais 6 milhões. Isso totaliza 9 milhões de doses.
O governo brasileiro receberá ainda mais 62 milhões no segundo semestre. Conforme Caiado, Pazuello afirmou que onde tiver vacina, vai comprar, mesmo sendo produzidas no Brasil, sendo pelo Instituto Butantan ou pela Fiocruz, ou vacinas importadas, onde houver disponibilidade.
Algumas cidades goianas fecharam acordos com o governo de São Paulo para receber doses da CoronaVac, vacina que está sendo fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
Perguntado pela reportagem se havia risco de confiscar essa doses das cidades goianas, já que existe um contrato entre o governo de São Paulo e a fabricante da CoronaVac, Caiado disse que "não existe um contrato que prevaleça sobre a saúde pública".
Caiado aproveitou a ocasião para alfinetar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a quem acusou de jogar para plateia, criando divisão no país, com Brasil com vacina e Brasil sem vacina.
Segundo Caiado, Doria sabe que não tem prerrogativa constitucional para iniciar uma vacinação no Estado, o que pode ocorrer em 25 de janeiro, aniversário da capital paulista. O governador de Goiás destacou ainda a certificação da CoronaVac pela Anvisa ainda não saiu, mais um motivo para jogar para a plateia, segundo ele.
Hoje à tarde, Doria disparou contra o governo federal, a quem acusou de sofrer de "insanidade". "A União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco de vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos", afirmou.