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PGR pede para PF ouvir empresário sobre denúncia de vazamento

 Paulo Marinho denunciou que houve vazamento de informações sigilosas ao senador Flávio Bolsonaro antes da eleição do presidente Bolsonaro

Brasil|Do R7

O empresário Paulo Marinho, que denunciou vazamento sobre invesigação da PF
O empresário Paulo Marinho, que denunciou vazamento sobre invesigação da PF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a Polícia Federal colha depoimento do empresário Paulo Marinho sobre a denúncia feita por ele de vazamento de informações sigilosas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O empresário é pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PSDB e aliado dos governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio, Wilson Witzel.

Em ofício encaminhado na noite de domingo (17) pelo procurador João Paulo Lordelo Guimarães Tavares à delegada Christiane Correa Machado, do Serviço de Inquéritos Especiais no Supremo Tribunal Federal, a PGR também solicita a oitiva de Miguel Ângelo Braga Grillo, chefe de gabinete de Flávio.

Segundo relato de Marinho ao jornal Folha de S.Paulo, foi por meio de Braga que um delegado da PF procurou pelo senador, em 2018, para dar a ele a informação reservada sobre a Operação Furna da Onça.

A operação teve acesso a dados de movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, quando o filho do presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual. A operação foi deflagrada no dia 8 de novembro de 2018.


Ainda de acordo com o relato de Marinho, o delegado que procurou por Braga e Flávio recomendou que o então funcionário fosse demitido. Tanto Queiroz quanto a filha dele, Nathalia Queiroz, lotada no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, foram demitidos no dia 15 de outubro daquele ano.

A PGR também solicitou cópia de inquérito aberto pela PF para apurar um outro suposto vazamento de informações relacionadas à Operação Furna da Onça.


As novas diligências serão realizados no âmbito das apurações sobre tentativa de interferência política na PF, por Jair Bolsonaro, iniciadas com base em acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

A PF também já abriu investigação para averiguar o teor das declarações feitas por Paulo Marinho à Folha. "Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje (17), a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados", informou, em nota.

No domingo, Flávio Bolsonaro rebateu a acusação, feita por Paulo Marinho, que é pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PSDB. O senador classificou a acusação de "invenção" e afirmou que o empresário tem interesse em prejudicá-lo, já que é suplente de Flávio no Senado Federal.

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