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Polícia faz buscas no centro espiritual de João de Deus

Casa Dom Inácio de Loyola, local em que médium realizava atendimentos espirituais, é alvo dos mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (18)  

Brasil|Juliana Moraes, do R7, com Estadão Conteúdo

Polícia faz buscas no centro de João de Deus
Polícia faz buscas no centro de João de Deus

A Polícia Civil faz buscas na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, local em que João de Deusrealizava atendimentos espirituais, na tarde desta terça-feira (18).

As investidas foram confirmadas pelo delegado-geral André Fernandes. Ele não confirma, no entanto, se há mandado de busca e apreensão para o recolhimento de provas no local.

As equipes da Polícia Civil chegaram por volta das 14h25, entraram no centro espiritual e estão em uma sala que seria usada como departamento administrativo do local.

O médium, que está preso desde domingo (16), é suspeito de abusar sexualmente de pacientes. A defesa nega as acusações e, nesta segunda-feira (17), entrou com um pedido de habeas corpus para reverter a decisão judicial de prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira.


Ao R7, o advogado criminalista Alberto Toron não se manifestou sobre as buscas. “Não fui informado por ninguém. Só recebi indagações da imprensa”, declarou. Mais cedo, a defesa do médium disse que não tinha o que esconder.

Entenda o caso


João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.

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Após as primeiras denúncias contra o médium, o MP-Go (Ministério Público de Goiás) abriu uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso.


Na noite de quarta (12), a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.

Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã de quarta-feira (12), João de Deus ficou cerca de 10 minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. O médium e se disse inocente e declarou ainda que estava à disposição da Justiça.

No domingo (16), João de Deus se entregou às autoridades policiais e permanece preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia. Nesta segunda-feira (17), a defesa entrou com um pedido de habeas corpus, mas a Justiça ainda não analisou.

Outro lado

O advogado criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus, "nega e recebe com indignação a existência dessas declarações" e acusações de abuso sexual contra o médium.

João de Deus também foi acusado pelo Ministério Público de sacar R$ 35 milhões após as denúnicas e a defesa também nega tal acusação. "O Ministerio Público vem falando em ocultação de valores e lavagem de dinheiro em razão do suposto 'saque' de RS 35 milhões do Banco por João de Deus. Em primeiro lugar, o relatório do COAF descreve o resgate de aplicações financeiras, não saque. Como sabem os promotores de justiça, não se lava dinheiro limpo, não se lava dinheiro que é seu e estava no banco. Sequer está claro se houve realmente movimentação nesse valor".

Ainda segundo o advogado criminalista, "a complexidade das suspeitas exige serenidade e tempo para que seja realizado um julgamento justo, imparcial e válido."

João de Deus se entregou às autoridades na tarde de domingo (16) em uma estrada vicinal, na BR-060, localizada no município de Abadiânia, após uma negociação entre o advogado criminalista Toron e o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes.

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