Polícia Federal investiga fraudes envolvendo auxílio emergencial
Suspeitos teriam usado programas de computador que indicavam titulares aptos a receber benefício. Ação é feita em Umuarama (PR)
Brasil|Da Agência Brasil
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Checker, que visa desmantelar uma organização criminosa que fraudava o auxílio emergencial concedido pelo governo federal. Policiais federais estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão no município paranaense de Umuarama.
De acordo com a PF, os suspeitos teriam usado programas de computador que, por meio de algoritmos, geram números do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e softwares chamados checkers, que indicavam titulares aptos a receber o Auxílio Emergencial.
“Os saques eram realizados diretamente no caixa eletrônico, na agência bancária, ou então, quando em valores maiores, por meio de transferência através do sistema PIX”, informa a PF.
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Levantamentos iniciais apontam que o prejuízo estimado, tanto a cofres públicos como às vítimas donas de CPFs usados, esteja na faixa de R$ 1 milhão – valor que não considera outros potenciais envolvidos que só poderão ser contabilizados após a análise dos materiais apreendidos.
“Com a atuação dos investigados, além do enorme prejuízo ao erário, centenas de pessoas foram privadas do recebimento do benefício, justamente no momento mais agudo da pandemia”, informou a PF.
A PF acrescentou que o líder do esquema já foi investigado por crimes similares, coordenando golpes anteriores na região de Umuarama. Entre os crimes praticados por ele está o de falsificação de documentos usados para saques fraudulentos do Auxílio Emergencial, com a utilização de softwares desenvolvidos por hackers.