Polícia mira deputado federal e cumpre mandados em SP e PR
Ricardo Barros é suspeito por ligação a desvio de R$ 200 mil na compra de equipamentos eletrônicos e de energia em Curitiba em 2011
Brasil|Maria Carolina Paz e Marc Sousa, da Record TV, e Rafael Custódio, da Agência Record
A Polícia Civil cumpre mandados, nesta quarta-feira (16), em operação que investiga desvios na compra de equipamentos em Curitiba (PR). A ação é resultado de uma investigação do Ministério Público Estadual do Paraná.
A casa de um empresário em Higienópolis, em São Paulo (SP), é alvo de um mandado de busca e apreensão.
O escritório político do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), em Maringá (PR), também é vasculhado por policiais nesta manhã. Barros é líder do governo na Câmara dos Deputados.
Anteriormente, o R7 havia informado que a operação se tratava de um desdobramento da Laja Jato. Porém, a investigação é do Ministério Público Estadual do Paraná, portanto, sem ligação com a Lava Jato. O texto foi corrigido às 8h40.
Primeiros resultados
Na casa do empresário em São Paulo, os agentes de segurança apreenderam dois computadores, um iPad, dois celulares, pen drives e outros equipamentos eletrônicos. Ele foi citado em uma delação premiada.
Os procuradores também investigam o deputado federal Ricardo Barros por suposto desvio de cerca de R$ 200 mil na compra de equipamentos eletrônicos e de energia em Curitiba, no Paraná, em 2011. O empresário investigado em São Paulo é amigo da família do parlamentar há mais de 30 anos.
Durante a apreensão dos equipamentos, o empresário disse que não tem envolvimento com o crime. Só confirmou ser amigo da família do parlamentar. Além disso, disse que o seu nome foi citado na delação como uma forma de represália.
Além do mandado em São Paulo, são cumpridos mandados em mais nove locais no Brasil.
Em nota, a assessoria de imprensa de Barros afirmou que o deputado está tranquilo e que solicitou acesso aos autos do processo.
"O deputado Ricardo Barros está tranquilo e em total colaboração com as investigações. O parlamentar reafirma a sua conduta ilibada e informa que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa. Ricardo Barros, relator da Lei de Abuso de Autoridade, repudia o ativismo político do judiciário", diz nota.