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Presidente da Câmara diz não estar preocupado com revelações prometidas por Cunha

Peemedebista acusou Maia e Temer de terem articulado, junto com o PT, sua cassação

Brasil|Do R7

Na avaliação de Cunha, ao patrocinar a eleição de Maia, o governo agiu em favor da sua perda de mandato
Na avaliação de Cunha, ao patrocinar a eleição de Maia, o governo agiu em favor da sua perda de mandato

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (13) não estar preocupado com possíveis revelações que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) promete fazer contra políticos.

— Não [me preocupa]. Acho que é normal. Acontece. A vida é assim. 

Em entrevista nesta segunda-feira (12), após ter o mandato cassado, Cunha acusou Maia e o governo Michel Temer de terem articulado, junto com o PT, sua cassação. O peemedebista afirmou ainda que seu sucessor não se comportou conforme o regimento interno da Câmara.

Cassado, Cunha ataca governo e promete escrever livro

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Dinheiro de Cunha na Suíça só voltará ao Brasil em caso de delação ou condenação

Na avaliação de Cunha, o governo, ao patrocinar a eleição de Maia, agiu em favor da sua perda de mandato. Segundo o peemedebista, a eleição de Maia foi comandada pela "eminência parda" de Moreira Franco, sogro do atual presidente da Câmara e secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos.

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O deputado cassado ainda negou que tenha intenção de fazer delação premiada porque "só faz delação quem é criminoso", mas anunciou que escreverá um livro sobre o impeachment de Dilma, contando os bastidores do processo e os diálogos com todos os personagens envolvidos.

 Câmara cassa mandato e bloqueia direitos políticos de Eduardo Cunha por oito anos

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O político que chegou a um dos postos de maior respeito e prestígio do País, a presidência da Câmara dos Deputados, hoje se viu nas mãos do próprio plenário onde um dia teve forte influência. Habilidoso e inteligente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou e abusou das articulações bem-sucedidas para aprovar ou barrar projetos na Casa durante pouco mais de um ano. Nesse período, travou uma "guerra de braço" com o Palácio do Planalto. A batalha final teve a queda da presidente Dilma Rousseff e agora a dele. Veja nas próximas fotos um breve resumo da trajetória de Cunha nos últimos 19 meses
1º de fevereiro de 2015   Após uma derrota ao candidato governista, Eduardo Cunha vence a eleição para a presidência da Câmara, em uma campanha com promessas de dar mais protagonismo ao Legislativo. O peemedebista conseguiu unir partidos do chamado Centrão, que continuaram com ele durante praticamente todo o mandato
12 de março de 2015   Após aparecer em uma lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com nomes de políticos envolvidos na Lava Jato, Cunha vai depor espontaneamente na CPI da Petrobras. Na sessão, é questionado se possui contas no exterior, responde que não. Esse viria a ser mais tarde o motivo que o levaria ao processo de cassação. Até então, pouca coisa se sabia sobre o grau de participação dele no esquema da Petrobras 
17 de julho de 2015   Cunha rompe com o governo após divulgação de delação do lobista Júlio Camargo, que o acusava de receber propina de US$ 5 milhões. Logo em seguida, mandou criar duas novas CPIs (BNDES e Fundos de Pensão) para causar desgaste ao Executivo. Também se aproximou oposição e prometeu analisar todos os pedidos de impeachment apresentados. Isso fez com que partidos como PSDB e DEM se mantivessem aliados ao então presidente da Câmara
20 de agosto de 2015   Cunha é denunciado no Supremo Tribunal Federal, acusado de receber US$ 5 milhões em propina envolvendo contratos de navios-sonda da Petrobras. Em março de 2016, a Corte torna o peemedebista réu na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
1º de outubro de 2015 Autoridades suíças repassam uma investigação contra Cunha e a mulher dele, Cláudia Cruz, à Procuradoria-Geral da República. É aí que começam a aparecer detalhes de uma vida de luxo e gastança da família em viagens internacionais. Para os investigadores, tudo foi pago com dinheiro de propina recebida pelo peemedebista, algo que ele e a esposa negam
13 de outubro de 2015 É protocolado no Conselho de Ética da Câmara um pedido de abertura de processo contra Cunha. Endossado pela Rede e assinado por cerca de 50 parlamentares de sete partidos (PSOL, Rede, PT, PSB, Pros, PPS e PMDB), o documento argumentava que o peemedebista havia mentido à CPI da Petrobras ao dizer não ter contas no exterior, algo que acabou sendo revelado posteriormente
2 de dezembro de 2015   Cunha dá o 'golpe de misericórdia' no governo, após meses dificultando votações importantes para o Executivo, e aceita um dos muitos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O Planalto o acusa de se vingar devido ao PT não aceitar votar a favor dele no Conselho de Ética
17 de abril de 2016 Ainda com muito poder, Eduardo Cunha preside a sessão da Câmara que levou adiante o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Algumas semanas depois, todo o protagonismo dele no parlamento iria por água abaixo 
5 de maio de 2016 O ministro do Supremo Teori Zavascki acata um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determina o afastamento de Cunha das funções parlamentares. O plenário confirma a decisão por unanimidade. O peemedebista não obtém sucesso nos recursos apresentados à Corte e só retorna à Câmara para se defender no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça
14 de junho de 2016 O processo mais longo da história do Conselho de Ética da Câmara — durou oito meses — chega ao fim e deputados decidem contra Cunha por 11 votos a 9. O parlamentar ainda recorre à Comissão de Constituição e Justiça nas semanas seguintes, mas sem sucesso. O processo vai à votação em plenário
7 de junho de 2016 Cunha decide renunciar à presidência da Câmara, em sua última tentativa para escapar do processo de cassação. Nas semanas que se seguiram, perdeu força dentro da Casa. Exemplo disso foi que o candidato a sua sucessão, apoiado por ele nos bastidores, Rogério Rosso (PSD-DF), perdeu para Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na votação de ontem, Rosso acabou votando pela cassação do peemedebista

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O político que chegou a um dos postos de maior respeito e prestígio do País, a presidência da Câmara dos Deputados, hoje se viu nas mãos do próprio plenário onde um dia teve forte influência. Habilidoso e inteligente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou e abusou das articulações bem-sucedidas para aprovar ou barrar projetos na Casa durante pouco mais de um ano. Nesse período, travou uma "guerra de braço" com o Palácio do Planalto. A batalha final teve a queda da presidente Dilma Rousseff e agora a dele. Veja nas próximas fotos um breve resumo da trajetória de Cunha nos últimos 19 meses
1º de fevereiro de 2015   Após uma derrota ao candidato governista, Eduardo Cunha vence a eleição para a presidência da Câmara, em uma campanha com promessas de dar mais protagonismo ao Legislativo. O peemedebista conseguiu unir partidos do chamado Centrão, que continuaram com ele durante praticamente todo o mandato
12 de março de 2015   Após aparecer em uma lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com nomes de políticos envolvidos na Lava Jato, Cunha vai depor espontaneamente na CPI da Petrobras. Na sessão, é questionado se possui contas no exterior, responde que não. Esse viria a ser mais tarde o motivo que o levaria ao processo de cassação. Até então, pouca coisa se sabia sobre o grau de participação dele no esquema da Petrobras 
17 de julho de 2015   Cunha rompe com o governo após divulgação de delação do lobista Júlio Camargo, que o acusava de receber propina de US$ 5 milhões. Logo em seguida, mandou criar duas novas CPIs (BNDES e Fundos de Pensão) para causar desgaste ao Executivo. Também se aproximou oposição e prometeu analisar todos os pedidos de impeachment apresentados. Isso fez com que partidos como PSDB e DEM se mantivessem aliados ao então presidente da Câmara
20 de agosto de 2015   Cunha é denunciado no Supremo Tribunal Federal, acusado de receber US$ 5 milhões em propina envolvendo contratos de navios-sonda da Petrobras. Em março de 2016, a Corte torna o peemedebista réu na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
1º de outubro de 2015 Autoridades suíças repassam uma investigação contra Cunha e a mulher dele, Cláudia Cruz, à Procuradoria-Geral da República. É aí que começam a aparecer detalhes de uma vida de luxo e gastança da família em viagens internacionais. Para os investigadores, tudo foi pago com dinheiro de propina recebida pelo peemedebista, algo que ele e a esposa negam
13 de outubro de 2015 É protocolado no Conselho de Ética da Câmara um pedido de abertura de processo contra Cunha. Endossado pela Rede e assinado por cerca de 50 parlamentares de sete partidos (PSOL, Rede, PT, PSB, Pros, PPS e PMDB), o documento argumentava que o peemedebista havia mentido à CPI da Petrobras ao dizer não ter contas no exterior, algo que acabou sendo revelado posteriormente
2 de dezembro de 2015   Cunha dá o 'golpe de misericórdia' no governo, após meses dificultando votações importantes para o Executivo, e aceita um dos muitos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O Planalto o acusa de se vingar devido ao PT não aceitar votar a favor dele no Conselho de Ética
17 de abril de 2016 Ainda com muito poder, Eduardo Cunha preside a sessão da Câmara que levou adiante o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Algumas semanas depois, todo o protagonismo dele no parlamento iria por água abaixo 
5 de maio de 2016 O ministro do Supremo Teori Zavascki acata um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determina o afastamento de Cunha das funções parlamentares. O plenário confirma a decisão por unanimidade. O peemedebista não obtém sucesso nos recursos apresentados à Corte e só retorna à Câmara para se defender no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça
14 de junho de 2016 O processo mais longo da história do Conselho de Ética da Câmara — durou oito meses — chega ao fim e deputados decidem contra Cunha por 11 votos a 9. O parlamentar ainda recorre à Comissão de Constituição e Justiça nas semanas seguintes, mas sem sucesso. O processo vai à votação em plenário
7 de junho de 2016 Cunha decide renunciar à presidência da Câmara, em sua última tentativa para escapar do processo de cassação. Nas semanas que se seguiram, perdeu força dentro da Casa. Exemplo disso foi que o candidato a sua sucessão, apoiado por ele nos bastidores, Rogério Rosso (PSD-DF), perdeu para Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na votação de ontem, Rosso acabou votando pela cassação do peemedebista

O político que chegou a um dos postos de maior respeito e prestígio do País, a presidência da Câmara dos Deputados, hoje se viu nas mãos do próprio plenário onde um dia teve forte influência. Habilidoso e inteligente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou e abu...

O político que chegou a um dos postos de maior respeito e prestígio do País, a presidência da Câmara dos Deputados, hoje se viu nas mãos do próprio plenário onde um dia teve forte influência. Habilidoso e inteligente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou e abusou das articulações bem-sucedidas para aprovar ou barrar projetos na Casa durante pouco mais de um ano. Nesse período, travou uma "guerra de braço" com o Palácio do Planalto. A batalha final teve a queda da presidente Dilma Rousseff e agora a dele. Veja nas próximas fotos um breve resumo da trajetória de Cunha nos últimos 19 meses

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