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Pressa contribuiu para queda de avião do Bradesco, diz Cenipa

Pressa e falha de procedimentos são apontados como fatores que resultaram na queda da aeronave do banco em uma fazenda de MG em 2015

Brasil|Márcio Neves, do R7

Queda da aeronave abriu uma cratera em fazenda de Minas Gerais
Queda da aeronave abriu uma cratera em fazenda de Minas Gerais Queda da aeronave abriu uma cratera em fazenda de Minas Gerais

A pressa dos pilotos para decolar foi apontado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) como um dos fatores determinantes para a queda de um avião que transportava executivos do Banco Bradesco em novembro de 2015, em Minas Gerais. Nenhum dos passageiros ou tripulantes sobreviveu ao acidente.

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"De acordo com os dados do CVR [Gravador de Voz], percebeu-se uma possível pressa da tripulação para que a decolagem ocorresse, mesmo tendo sido verificado que o sistema de compensação longitudinal da aeronave não funcionava adequadamente", diz o relátorio final do acidente com a aeronave, publicado nesta segunda-feira (20).

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A aeronave, um Cessna Citation de prefixo PT-WQH, caiu 25 minutos após decolar do aeroporto de Brasília, após uma falha no sistema profundor da aeronave, responsável por fazer o avião subir ou descer, alterando o ângulo de ataque. Entre a falha e o choque do avião foram 1 minuto e 9 segundos, em que a aeronave colidiu com o chão a mais de 500 km/h.

Segundo o relatório, devido a uma eventual pressa os pilotos ignoraram procedimentos no preparo da decolagem que não teriam permitido identificar que havia uma pane no sistema, considerado fundamental para a segurança do avião.

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Além disto, o Cenipa apontou outros 10 itens que podem ter contribuído para o acidente, um deles foi uma manutenção no sistema relacionado ao que apresentou a pane durante o voo e que não teria sido testado corretamente.

Após a investigação, que contou com auxílio de investigadores americanos, foram geradas três recomendações: melhorar os registros de manutenção de aviões; manter registro de voos de testes, principalmente após manutenções; mudanças no manual de voo; e revisões na certificação feita pelos americanos, quanto a alguns equipamentos do modelo da aeronave.

Ainda segundo o órgão, a investigação não tem objetivo de identificar culpados ou responsabilidades, mas é considerado por especialistas em aviação, como fundamental para que erros não se repitam e ajudem a prevenir novos acidentes.

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