Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Pressa contribuiu para queda de avião do Bradesco, diz Cenipa

Pressa e falha de procedimentos são apontados como fatores que resultaram na queda da aeronave do banco em uma fazenda de MG em 2015

Brasil|Márcio Neves, do R7

Queda da aeronave abriu uma cratera em fazenda de Minas Gerais
Queda da aeronave abriu uma cratera em fazenda de Minas Gerais

A pressa dos pilotos para decolar foi apontado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) como um dos fatores determinantes para a queda de um avião que transportava executivos do Banco Bradesco em novembro de 2015, em Minas Gerais. Nenhum dos passageiros ou tripulantes sobreviveu ao acidente.

Leia mais: Dois executivos do Bradesco morrem em queda de jato em MG

"De acordo com os dados do CVR [Gravador de Voz], percebeu-se uma possível pressa da tripulação para que a decolagem ocorresse, mesmo tendo sido verificado que o sistema de compensação longitudinal da aeronave não funcionava adequadamente", diz o relátorio final do acidente com a aeronave, publicado nesta segunda-feira (20).

Leia também: Brasil faz 1.977 alertas para prevenir acidentes aéreos em dez anos


A aeronave, um Cessna Citation de prefixo PT-WQH, caiu 25 minutos após decolar do aeroporto de Brasília, após uma falha no sistema profundor da aeronave, responsável por fazer o avião subir ou descer, alterando o ângulo de ataque. Entre a falha e o choque do avião foram 1 minuto e 9 segundos, em que a aeronave colidiu com o chão a mais de 500 km/h.

Segundo o relatório, devido a uma eventual pressa os pilotos ignoraram procedimentos no preparo da decolagem que não teriam permitido identificar que havia uma pane no sistema, considerado fundamental para a segurança do avião.


Além disto, o Cenipa apontou outros 10 itens que podem ter contribuído para o acidente, um deles foi uma manutenção no sistema relacionado ao que apresentou a pane durante o voo e que não teria sido testado corretamente.

Após a investigação, que contou com auxílio de investigadores americanos, foram geradas três recomendações: melhorar os registros de manutenção de aviões; manter registro de voos de testes, principalmente após manutenções; mudanças no manual de voo; e revisões na certificação feita pelos americanos, quanto a alguns equipamentos do modelo da aeronave.

Ainda segundo o órgão, a investigação não tem objetivo de identificar culpados ou responsabilidades, mas é considerado por especialistas em aviação, como fundamental para que erros não se repitam e ajudem a prevenir novos acidentes.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.