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Produção industrial brasileira cresce 2,5% em 2017, diz IBGE

Indústria registrava resultados acumulados negativos desde 2014. Mês de dezembro do ano passado também foi positivo, com crescimento de 2,8%

Brasil|Giuliana Saringer e Juliana Moraes, do R7

Produção de dezembro cresceu 2,8%
Produção de dezembro cresceu 2,8% Produção de dezembro cresceu 2,8%

A produção industrial brasileira cresceu 2,5% no acumulado de 2017, segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (1º).

O indicador mostra uma melhor na produção industrial do país depois de três anos consecutivos de resultados negativos. Os índices registrados foram de -3% em 2014, -8,3% em 2015 e -6,4% em 2016.

André Macedo, gerente de Coordenação do IBGE, avaliou a importância do resultado para o ano de 2017. “A gente tem um setor industrial que, para além do crescimento, é bom verificar que mostrou um rompimento com os três anos de queda na produção”, declarou. “É um resultado positivo, mas está longe de verificar que essas perdas desses anos foram eliminadas. Existiu uma perda importante no período, mas é um cenário de recuperação. Esse é um primeiro sinal”, ponderou.

Ainda de acordo com Macedo, o crescimento é um “alento” para a população. “Claro que quando tem queda na produção, pode significar perda de postos de trabalho. O fato de ter mostrado um ano em que se rompe essa queda, traz um alento para a produção industrial.”

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Responsáveis pelo número positivo

Considerando as grandes categorias econômicas — bens de capital, duráveis, intermediários, de consumo, semiduráveis e não duráveis — os bens duráveis foram os que registraram maior aumento no ano de 2017 (13,3%). Em seguida aparecem os bens de capital (6%), os intermediários (1,6%) e os de consumo semi e não duráveis (0,9%).

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Os bens duráveis foram impulsionados pela fabricação de automóveis (20,1%), e eletrodomésticos (10,5%). Os bens de capital para equipamentos de transporte (7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%) foram os que ajudaram a categoria dos bens de capital registrar taxa positiva.

Macedo também falou sobre o fato de os bens duráveis terem puxado a recuperação da produção industrial. “As exportações foram um ponto importante no ano de 2017. No segmento dos automóveis, os veículos atingiram o maior nível de exportações, os caminhões também”, analisou. “As exportações afetam diretamente diversos segmentos industriais, como o setor de alimentos, de celulose, entre outros.”

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Para o gerente de Coordenação do IBGE, o crescimento da indústria também se deve a outro fator: a volta da confiança na economia. “Apesar do contingente importante de pessoas fora do mercado de trabalho, existe uma recuperação do nível de confiança por parte dos empresários”, explicou. “Com isso, temos um número maior de pessoas empregadas, mesmo que seja com empregos informais. Esse maior número de pessoas ocupadas, com a inflação mais baixa e a redução da taxa de juros, ajuda nesse cenário de melhora.”

Macedo ainda diz acreditar que a indústria mantém um ritmo de crescimento gradual. “Até o presente momento, avaliamos que essa é uma indústria com característica de recuperação, embora de maneira gradativa”, comentou. “Toda e qualquer incerteza no país traz reflexos em investimento. Não trabalhamos com previsões, apenas com números, mas o ambiente político de 2018 pode trazer algum tipo de reflexo para a indústria. Temos que aguardar, de fato, o decorrer do ano para avaliar o comportamento da indústria.”

Resultado positivo em dezembro de 2017

O mês de dezembro de 2017 também trouxe resultados positivos na indústria. Em comparação com novembro do mesmo ano, houve crescimento de 2,8% na produção.

Os bens de consumo duráveis tiveram a maior alta neste mês (5,9%), seguido pelos bens de consumo semi e não duráveis (3,0%) e de bens intermediários (1,7%). Os bens de capital não registraram variação nula (0%) comparando dezembro com novembro de 2017, interrompendo o comportamento positivo iniciado em abril de 2017.

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