Promotor critica procurador-geral por investigação contra Alckmin

O promotor Ricardo Manuel Castro, que investiga o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por suspeita de improbidade administrativa nos casos delatados pela Odebrecht, criticou o pedido feito pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, para decidir quem ficará à frente do inquérito contra o tucano.

As informações, reveladas nesta quarta-feira (9), pelo colunista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S.Paulo, apontam que Castro decidiu recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público para continuar à frente da investigação.

De acordo com a publicação, Castro enviou um documento para Gianpaolo no qual diz que Alckmin perdeu não somente o foro privilegiado nos processos criminais como também a prerrogativa de ser investigado pelo procurador-geral após ter renunciado ao governo de São Paulo.

“No caso vertente, em que pese a notícia seja de recebimento de vantagem indevida por agente político no exercício do mandato e em razão de suas funções, a demandar a instauração de inquérito civil — instrumento adequado para a investigação cível –, fato é que o investigado Geraldo Alckmin não é mais o governador do Estado, fazendo cessar aquela atribuição específica do Exmo. Procurador-Geral de Justiça”, afirma Castro no documento obtido pelo colunista.