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Proposta para unificar PIS/Pasep e Cofins é positiva, avalia CNI

Indústria defende reforma tributária mais ampla, mas avalia que nova proposta do governo traz avanços para o atual sistema tributário

Brasil|Do R7

Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Paulo Guedes durante entrega da proposta
Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Paulo Guedes durante entrega da proposta Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Paulo Guedes durante entrega da proposta

A CNI (Confederação da Indústria) considerou positiva a proposta de reforma tributária que o governo federal apresentou nesta terça-feira (21) ao Congresso Nacional, que prevê a unificação do PIS/Pasep e Cofins na forma da CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços).

Leia também: Governo vai propor reforma tributária em 4 fases. Veja quais são

Para a entidade, o modelo proposto pelo Executivo traz simplificação, reduz a cumulatividade, melhora a distribuição da carga tributária e confere maior transparência para o pagamento de impostos. A CNI entende, porém, que a criação da CBS é apenas o primeiro passo para uma reforma tributária mais ampla, que o Brasil precisa implementar para solucionar, enfim, um dos principais componentes do chamado “Custo Brasil”.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que a contribuição proposta no projeto do governo federal atende os moldes de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) moderno, mas frisa que as mudanças devem ser mais abrangentes para que o sistema tributário deixe de ser o maior entrave à competitividade do setor produtivo brasileiro.

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“O setor industrial apoia uma reforma tributária ampla, com a inclusão de outros impostos das esferas federal, estadual e municipal, resultando em um IVA Nacional que inclua também o IPI, a IOF, o ICMS e o ISS”, afirma.

Pontos positivos 

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Entre os pontos positivos, a CNI destaca a mudança do atual modelo de crédito físico para o sistema de crédito financeiro, o que reduz complexidade e incerteza sobre que operações dão direito a créditos a receber pelas empresas. 

A entidade considera que a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços também é positiva por promover melhor distribuição da carga tributária, pela adoção de alíquota padrão para quase todos os bens e serviços e manutenção de poucos regimes especiais e isenções.

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“O tributo como proposto confere maior transparência ao tributo, uma vez que a CBS não incidirá sobre ela própria e também não deve incidir sobre outros tributos – como ICMS e ISS – que também incidem sobre o mesmo produto ou serviço”, destaca o presidente da CNI, Robson Andrade.

Quatro fases

O governo federal não enviou a reforma tributária por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) por que já tramitam duas PECs no Congresso (uma na Câmara e outra no Senado). O projeto entregue se refere à primeira fase do programa elaborado pela equipe econômica. Veja o que prevê cada fase:

Primeira fase

Na primeira fase, o governo propõe apenas a unificação do PIS e Cofins em um único imposto, chamado de CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), com alíquota de 12%. Críticos argumentam que a unificação de impostos federais é onerosa para o setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Segunda fase

Na segunda fase, o governo irá propor uma reformulação dos impostos IPI e impostos indiretos sobre o consumo - tema de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no Senado Federal, a PEC 110. Esse texto, contudo, deve ser enviado ao Congresso Nacional em cerca de um mês.

Terceira fase

Na terceira fase, o governo irá propor alterações do imposto de renda, tanto de pessoa física como de jurídica. No primeiro caso, a ideia é reduzir alíquota e dedução e, no segundo, o objetivo é reduzir impostos sobre as empresas e tributar lucros e dividendos, hoje isentos.

Quarta fase

Na quarta fase, o governo irá propor a ampliação da desoneração da folha de pagamentos para além dos atuais 17 setores, que teve extensão até 2021 vetada por Bolsonaro. Para compensar a perda de arrecadação com a redução do pagamento sobre a folha, a proposta prevê a criação de um novo imposto sobre as transferências digitais - o governo estuda cobrar 0,2% sobre as operações digitais.

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