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Queiroga diz que compra da Covaxin pode ser cancelada

Vacina indiana é pivô de crise no governo Bolsonaro por denúncias de corrupção e ainda não conseguiu aprovação da Anvisa

Brasil|Gabriel Croquer, do R7, com informações da Record TV

Compra das vacinas serviu como justificativa para CPI da Covid investigar Queiroga
Compra das vacinas serviu como justificativa para CPI da Covid investigar Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta quarta-feira (23) que o ministério já admite cancelar a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin contra covid-19 por cerca de R$ 1,6 bilhão, pivô de crise no governo Bolsonaro após acusações de superfaturamento e corrupção por servidores e a abertura de investigação do Ministério Público Federal. 

"Isso [cancelar contrato] é um assunto que está sendo discutido com o jurídico. É uma ação que quando esse contrato foi feito existia uma exiguidade de doses não só em relação à Covaxin mas também com relação à Sputnik, ambas receberam uma autorização [da Anvisa] diferente das outras vacinas do Programa Nacional de Imunização, uma autorização condicionada, um número restrito de pacientes", disse o ministro à imprensa.

A compra da Covaxin também serviu de justificativa para a CPI da Covidinvestigar o próprio ministro Queiroga. Mais cedo nesta quarta, ele se irritou ao ser perguntado sobre o preço do produto e deixou entrevista. 

A comissão ainda marcou para esta sexta-feira (25) o depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda. Ambos dizem ter denunciado supostas irregularidades e favorecimento do imunizante ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


Além das acusações de corrupção, a compra da vacina da Covaxin ainda não foi efetuada por causa dos revezes do produto no processo de aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em março, a agência reprovou o pedido de uso ao detectar falhas na segurança da vacina e na fábrica responsável pela produção das doses.

Neste mês, a Anvisa aprovou a importação da vacina com uma série de condicionantes devido a falta de estudos comprovando a eficácia e segurança do imunizante. 


De acordo com o contrato celebrado (veja o documento neste link), o governo tem diversas opções de rescindir o acordo, como no caso da empresa não conseguir a autorização para uso emergencial junto à Anvisa, perder da autorização regulatória, pela falta de eficácia da vacina contra variantes prevalentes no Brasil, entre outros motivos. 

Sem poder contar com a Covaxin há meses, Queiroga também celebrou na entrevista a chegada de 3 milhões de doses davacina da Johnson/Janssen nesta semana. "No Brasil a vacina Janssen tem a vantagem de ser uma dose única então são 3 milhões de brasileiros que serão imunizados a mais e isso é importante neste momento", afirmou. 

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