Queiroga: queda de casos de covid reduz pressão no sistema de saúde
Ministro divulgou novo calendário de vacinação, que prevê entrega de 32 milhões de doses de vacina por laboratórios em maio
Brasil|Do R7
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado (24) que a queda verificada em novas infecções de covid-19 nas últimas semanas já provoca um alívio na pressão sobre o sistema de saúde, e que isso facilita a recomposição de materiais como o kit intubação.
"Nós temos assistido nos últimos dias uma tendência de redução nos diagnósticos de pacientes com covid-19 e uma diminuição da pressão sobre o nosso sistema de saúde que resulta em maior disponibilidade de vagas nas unidades de terapia intensiva. Reduz também a pressão sobre insumos", afirmou Queiroga em entrevista no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.
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Apesar de o país ainda ter registado mais de 3 mil mortes neste sábado, a média móvel de óbitos e de novos casos cai desde a segunda semana de abril. Em São Paulo, estado mais afetdado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado de São Paulo ficou neste sábado abaixo de 80% pela primeira vez após mais de 50 dias. O índice divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde foi de 79,09% de ocupação dos leitos.
Ao destacar a pequena melhora, o ministro pediu a manutenção de medidas como uso de máscara, distanciamento social e que aglomerações sejam evitadas. Lembrou que o governo se movimenta para agilizar a obtenção de insumos para o kit intubação e vacinas.
Maio
Na coletiva deste sábado, Queiroga divulgou o calendário atualizado de recebimento de vacinas por parte dos laboratórios. Na última terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), havia dado prazo de cinco dias para o governo se manifestar em ação movida pela Rede Sustentabilidade que cobrava a divulgação detalhada do cronograma de recebimento de vacinas.
Pelos dados apresentados neste sábado, são esperadas 32,4 milhões de doses de vacina para maio. A maior parte, 21,5 milhões, será a vacina da Astrazenca/Universidade de Oxford fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro.
Haverá ainda pouco mais de 2 milhões de doses da vacina desse mesmo laboratório em entrega pelo convênio Covax Facility, instrumento de acesso global a vacinas conduzido pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Pelo mesmo convênio, chegarão 842,4 mil doses de vacina da Pfizer. E, em compra direta do governo junto a esse laboratório norte-americano, serão entregues 2,5 milhões de unidades.
A conta inclui ainda 5,6 milhões de doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.