Quem é Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde
Médica coordenadora das UTIs de cardiologia do InCor e do Sírio-Libanês é contra cloroquina e a favor da vacina contra covid
Brasil|Do R7
Cotada para assumir o cargo de ministra da Saúde, a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, de 42 anos, nasceu em Anápolis, em Goiás, é é formada pela UNB (Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília), com residência médica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Ela é diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora das UTIs de cardiologia do InCor (Instituto do Coração) e do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, sendo considerada o braço-direito do cardiologista Roberto Kalil Filho, um dos nomes mais respeitados da cardiologia no país. Também é professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da disciplina de cardiologia.
Na tarde deste domingo (14), ela se reuniu com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. A informação foi confirmada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da presidência. O encontro acontece em meio a rumores da saída do ministro da saúde, Eduardo Pazuello.
Ela chefiou a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês que foi enviada à Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora, Minas Gerais, para avaliar o quadro de Jair Bolsonaro, então candidado à presidência da República, quando levou a facada, em 6 de setembro de 2018, para verificar se sua transferência a São Paulo seria viável. Bolsonaro foi transferido à capital paulista, mas acabou optando pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
A médica já tratou de figuras importantes da política nacional. Ela examinou o presidente do Supremo Tribunal, Dias Toffoli, quando ele sofreu um acidente doméstico em julho de 2020 e cuidou dele quando teve pneumonia alérgica no mês seguinte. Também foi a responsável pelo tratamento ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, quando ele teve covid-19, em outubro do ano passado, e não chegou a ser internado.
Em entrevistas à imprensa, Ludhmila já se posicionou contrária ao uso da cloroquina no tratamento da covid-19, defendida pelo governo federal, argumentando não haver comprovação científica, e afirmou que o principal gargalo da pandemia no país é a falta de estrutura das UTIs.
Defensora da vacinação contra a covid-19, ela tomou a CoronaVac, dentro do grupo prioritário como profissional de saúde, divulgando foto com a carteira de vacinação nas redes sociais.