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Rodríguez quer Educação dentro da essência conservadora da sociedade

Futuro titular do MEC divulgou nota em que elogia promessas de campanha de Bolsonaro, como o combate à "república dos favores"

Brasil|Do R7

Ricardo Velez Rodriguez é o futuro ministro do MEC
Ricardo Velez Rodriguez é o futuro ministro do MEC

O professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, indicado para assumir o Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro, disse que pretende pôr a gestão da Educação e a elaboração de normas no contexto de valores caros à sociedade brasileira, que, segundo ele, tem "essência conservadora" e é "avessa a experiências que pretendem passar por cima de valores tradicionais ligados à preservação da família e da moral humanista".

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Em mensagem distribuída à imprensa pela assessoria do ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, o futuro titular do MEC elogia promessas de campanha de Jair Bolsonaro, como o combate à "república dos favores", e critica o que chamou de "instrumentalização ideológica da educação".

Vélez Rodríguez destaca ainda que o País assiste a uma desvalorização da figura dos professores, especialmente no Ensino Fundamental e no Médio, e que essa situação deve ser revertida por meio de "uma política educacional que olhe para as pessoas".


O futuro ministro chega a citar o filósofo francês Alexis de Tocqueville, de pensamento liberal, para ressaltar a importância dos municípios no processo educacional. "Tocqueville frisava que o município é a escola primária da democracia", disse. "É o município que deve ser o foco na organização da nossa legislação educacional", acrescentando uma das bandeiras de Bolsonaro: "Menos Brasília e mais Brasil".

Vélez Rodríguez foi anunciado na quinta-feira para o MEC depois que a bancada evangélica vetou, na véspera, o educador Mozart Neves, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, para o cargo. De perfil técnico, Mozart chegou a ser convidado por Bolsonaro, mas a escolha provocou atrito com integrantes da Frente Parlamentar Evangélica, que faz parte da base de apoio do presidente eleito no Congresso. Para eles, Mozart não tinha "afinidade ideológica" com o novo governo. Pessoas próximas do educador Mozart disseram que ele não aprovava projetos como o Escola sem Partido.

O ministro indicado diz no texto que o seu desejo "é cumprir a contento" o ideal proposto por Bolsonaro e finaliza a mensagem com a saudação de campanha do presidente eleito: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

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