A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, deverá sortear a relatoria da Operação Lava Jato na Corte até a próxima sexta-feira (3).
O escândalo de corrupção do País deverá cair nas mãos de algum ministro da Segunda Turma do Supremo: Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
O recesso do Judiciário termina nesta quarta-feira (1º) e, até o final desta terça-feira (31), várias alternativas já foram estudadas para a substituição do ministro Teori Zavasci, morto em acidente aéreo no último dia 19.
De acordo com a colunista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de S.Paulo, depois de muitas conversas, Cármen Lúcia cogitou repassar o caso para o decano Celso de Mello.
A ideia, porém, não vingou porque não existe brecha no regimento interno do Supremo. Além disso, Celso de Mello sofre de dores no quadril, o que poderia colaborar para um atraso da Lava Jato.
Depois, ventilou-se a ideia de Edson Fachin assumir o caso, o que seria possível somente se ele fosse transferido da Primeira para a Segunda Turma da Corte. Cármen Lúcia também vetou essa possibilidade, uma vez que não há brecha na lei.
Ontem à noite, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esteve no Supremo para conversar com a presidente da Corte. Nada vazou do papo entre eles, mas tudo caminha para o sorteio entre os magistrados da Segunda Turma.
O próximo relator da Lava Jato será responsável por derrubar ou não o sigilo sobre as delações premiadas de 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira Odebrecht. Essa eventual queda do sigilo provoca apreensão entre os deputados e senadores e também no Palácio do Planalto.