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STF: Presidente afastado da Vale não precisa ir à CPI de Brumadinho

Segundo o ministro Gilmar Mendes, o comparecimento compulsório de um investigado é um instrumento ilegal e de intimidação

Brasil|Da Agência Brasil

Presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman não irá a CPI de Brumadinho
Presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman não irá a CPI de Brumadinho

A Segunda Turma do STFS (upremo Tribunal Federal) decidiu nesta terça-feira (28) que o presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman, não é obrigado a prestar depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de Brumadinho (MG), instalada na Câmara dos Deputados.

No dia 4 de junho, Schvartsman foi convocado para falar sobre o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, na cidade mineira.

Leia também: Entenda os problemas na barragem que ameaça Barão de Cocais (MG)

Atendendo a um habeas corpus protocolado pela defesa, o colegiado entendeu que o presidente afastado não é obrigado a comparecer à CPI. A decisão foi obtida com base em um empate na votação e prevaleceu o voto proferido pelo relator, ministro Gilmar Mendes, favorável a Schvartsman.


Segundo o ministro, o comparecimento compulsório de um investigado na CPI é um instrumento ilegal e de intimidação. No pedido, os advogados afirmaram que Schvartsman ficaria em silêncio e não responderia a perguntas dos parlamentares. O ministro Celso de Mello seguiu voto de Gilmar Mendes. Edson Fachin e Cármen Lúcia entenderam que o presidente poderia ficar em silêncio, mas deveria comparecer. Ricardo Lewandowski não participou da votação.

Em março, Fabio Schvartsman e três diretores da mineradora foram afastados temporariamente por decisão do Conselho de Administração da empresa. Segundo nota divulgada à imprensa, os pedidos de afastamento foram feitos pelos próprios executivos, depois de recomendação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Civil do estado.

O rompimento da barragem ocorreu em janeiro. Mais de 230 corpos foram retirados dos rejeitos pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

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