STF suspende MP que dispensa órgão público de publicar em jornais
Medida Provisória dispensava órgãos de publicar editais e outros atos em jornais e fica suspensa até que Congresso análise a MP ou o STF julge o caso
Brasil|Do R7

Uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a Medida Provisória 896/2019, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dispensava órgãos públicos de publicar licitações, atas de concursos e outras decisões e atos em jornais.
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Desde que a medida havia entrado em vigor, a publicação destes atos era feita somente pela internet ou no Diário Oficial da União. A MP fica suspensa até que o Congresso Nacional analise o texto ou que o STF julgue a ação direta de inconstitucionalidade movida pelo partido Rede no plenário.
"Ainda que se reconheça a necessidade de modernização do regime de contratações públicas, a edição da MP não parece ter sido precedida de estudos que diagnosticassem de que maneira e em que extensão a alteração das regras de publicidade poderia contribuir de fato para o combate ao desequilíbrio fiscal dos entes da federação", escreveu Gilmar Mendes em sua decisão.
O processo que motivou a decisão de Gilmar Mendes foi movido pelo partido Rede, poucos dias após a MP ser assinada pelo presidente Bolsonaro, entrando com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em que ele afirma que a Medida Provisória tenta "desestabilizar uma imprensa livre e impedir a manutenção de critérios basilares de transparência e ampla participação no âmbito das licitações".
O bate-boca de quarta-feira (21) entre os ministros Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes foi apenas mais um na recente história de desentendimentos públicos transmitidos ao vivo durante as sessões do Supremo Tribunal Federal. Relembre nas próximas foto...
O bate-boca de quarta-feira (21) entre os ministros Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes foi apenas mais um na recente história de desentendimentos públicos transmitidos ao vivo durante as sessões do Supremo Tribunal Federal. Relembre nas próximas fotos outros casos






![Lewandowski também se envolveu em outra confusão, em setembro de 2012, durante o julgamento de recursos no caso do mensalão. O então presidente do Tribunal, Joaquim Barbosa, disse que o colega estava protelando. "Nós estamos com pressa do quê? Nós queremos fazer justiça", disse Lewandowski. "Para fazer nosso trabalho e não chicana [abuso dos recursos], ministro", rebateu Joaquim Barbosa. Lewandoswki: "Vossa excelência está dizendo que eu estou fazendo chicana? Eu peço que vossa excelência se retrate imediatamente". Barbosa: "Não vou me retratar, ministro"](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/EDRMKKSKRVKZXHLAOW4Q2PKZB4.jpg?auth=218f620d46f76640920a36ad285fcf7c8796dc486bf048a2cebcfea71a507aab&width=960&height=773)
