Três em cada 10 reprovam atuação do Ministério da Saúde contra covid
Desempenho de Bolsonaro na crise sanitária provoca insatisfação em mais da metade da população, indica pesquisa Datafolha
Brasil|Do R7
O desempenho do Ministério da Saúde à frente da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus é reprovada por 32% dos brasileiros, o que representa três a cada 10 pessoas que julgam a atuação da pasta como "ruim" ou "péssima". A avaliação negativa consta de uma pesquisa Datafolha, divulgada na noite da última quinta-feira (14).
Agora, além dos instatisfeitos com a pasta, há 37% que julgam a atuação como "regular", 30% como "ótima" ou "boa" e 1% que não souberam ou não responderam. O percentual representa uma queda em relação a março, quando 39% reprovavam o ministério.
A melhora do indicador pode estar associada à troca de comando da pasta, uma vez que Eduardo Pazuello foi substituído em meados de março pelo cardiologista Marcelo Queiroga, que estimulou o respeito às regras sanitárias (distanciamento social e uso de máscara) e incentiva a vacinação contra a covid-19.
A pesquisa Datafolha ouviu 2.071 pessoas, presencialmente, em 146 cidades do país, nos dias 11 e 12 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Bolsonaro na pandemia
A atuação do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia é reprovado por mais da metade dos brasileiros (51%). Outros 27% consideram a postura do presidente como "regular", enquanto 21% dizem ser "ótima" ou "boa". Ainda houve 1% de respondentes que não souberam ou não responderam.
O desempenho de Bolsonaro melhora dentro da base tradicional de apoio. Entre empresários, 35% acham a gestão da crise "ótima" ou "boa". Por outro lado, quanto maior a renda, maior a crítica à postura do ex-militar. Entre quem ganha mais de dez salários mínimos (R$ 11 mil por mês), 67% reprovam a atuação de Bolsonaro. Entre as mulheres, a rejeição chega a 56%.
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Desempenho dos governadores
A performance dos governadores, principais adversários do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia, também foi avaliada na pesquisa.
Para 35% dos entrevistados, a avaliação dos gestores estaduais dos próprios estados é "ótima" ou "boa". Outros 35% consideram a gestão da crise sanitária pelos governadores como "regular". Por fim, 29% acham a administração da crise no âmbito estadual "ruim" ou "péssima" -- uma queda de seis pontos percentuais em relação a março, quando houve a última pesquisa.