Vazam caso para me desgastar e atingirmeu pai, diz Flávio Bolsonaro
Senador foi alvo de mandados de busca e apreensão em desdobramento de uma investigação sobre suposta prática de "rachadinha" na Alerj
Brasil|Do R7
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) se pronunciou nesta quinta-feira (19), em um vídeo no YouTube, para falar a respeito dos mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quarta-feira (18), em endereços ligados a ele e a ex-assessores parlamentares do seu tempo na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
A ação é um desdobramento de uma investigação conduzida pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio) sobre suposta prática de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual e que tem como pivô o ex-assessor Fabrício Queiroz.
Segundo Flávio Bolsonaro, trechos da investigação do MP têm sido vazados para a imprensa com a intenção de gerar desgaste a sua imagem "e para atingir o presidente Jair Bolsonaro", de quem ele é filho.
Leia mais: Flávio lavou dinheiro em compra e venda de imóveis, diz MP
O parlamentar também atacou o juiz que autorizou a operação, alegando que o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio, é "motivo de chacota" e teria autorizado busca e apreensão "na casa de pessoas que sequer estavam no procedimento do MP".
Além disso, ele disse que o MP deveria investigar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), que, segundo o senador, empregaria a filha do magistrado em seu gabinete.
"A Nathalia Nicolau trabalha com o governador Wilson Witzel. Está lá até hoje. É uma boquinha que parece ser boa, MP. Vocês podem investigar. Inclusive ouço falar que ela não aparece muito por lá, não. É bom vocês investigarem se não tem um funcionário fantasma dentro do gabinete do governador, que é filha do juiz Flávio Itabaiana", disse o senador.
Foro privilegiado
No vídeo, Flávio afirmou ainda que não está recorrendo ao foro privilegiado por vontade própria, mas simplesmente porque "é o que diz a legislação".
"Não estou aqui pedindo foro privilegiado, isso está fora da minha escolha. É o que diz a legislação. Vamos tomar as providências", disse o parlamentar.
A defesa de Flávio Bolsonaro entrou com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). A relatoria do caso foi designada para o ministro Gilmar Mendes.