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Vendedor diz que Dominghetti se enganou sobre áudio com Miranda

Segundo representante da Davati, gravação divulgada na CPI não se tratata de tentativa de compra de vacinas por denunciante

Brasil|Do R7

O representante da Davati, Cristiano Carvalho
O representante da Davati, Cristiano Carvalho

O representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, disse nesta quinta-feira (15) à CPI da Covid que o policial Luiz Paulo Dominghetti, outro participante da negociação de vacinas entre a empresa e o Ministério da Saúde, foi mal orientado ou induzido a divulgar áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF) em seu depoimento à comissão no dia 1º, acusando o parlamentar de tentar comprar vacinas.

Miranda e seu irmão Luis Ricardo Miranda, chefe da Divisão de Importação no Departamento de Logística do Ministério da Saúde, são denunciantes de uma suposta pressão e de irregularidades em outra negociação conduzida pelo Ministério da Saúde, a compra da vacina Covaxin.

O áudio divulgado por Dominghetti indica o deputado falando ter um "comprador". A gravação, segundo o parlamentar, é antiga e dizia respeito a uma negociação por luvas cirúrgicas e não teria nenhuma relação com o trabalho do irmão dele no Ministério da Saúde.

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Na ocasião, pressionado por senadores, Dominghetti afirmou que o áudio lhe havia sido enviado por Carvalho e admitiu que poderia ter sido induzido a erro. Nesta quinta, Carvalho afirmou que não teve intenção de enganar Dominghetti e que apenas enviou o áudio para que o companheiro de negociação na Davati soubesse que Miranda defende suas posições de forma "enfática". 


"Eu acredito que ele foi ingênuo no trato com a reprodução do áudio. Acho que ele sequer escutou o áudio até o fim para formar juízo dele. Acredito que ele não fez de má-fé. Pelo pouco que eu conheço, não faz parte do caráter dele. É uma pessoa correta. Acredito que ele foi mal orientado ou induzido por alguém que não fui eu", disse.

Carvalho afirmou que quase "infartou" ao ver que Dominghetti reproduziria o áudio na CPI. "Ele fez o juízo errado. Fez pré-julgamento do deputado Luis Miranda". diz. 

Na CPI, Carvalho afirmou também que a Davati foi procurada em nome do governo.

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