Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Violência contra jornalistas cai, mas país ainda é um dos mais perigosos

Apesar da redução de quase 50% em 2017 em relação ao ano anterior, Brasil ainda figura entre os mais arriscados do mundo para o exercício da profissão

Brasil|Juliana Moraes, do R7

Violência contra jornalistas cai quase 50% em 2017
Violência contra jornalistas cai quase 50% em 2017 Violência contra jornalistas cai quase 50% em 2017

Os casos de assassinatos, agressões, ameaças e intimidações, censuras e ataques aos jornalistas e veículos de comunicação diminuíram quase 50% em 2017 na comparação em relação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (21) pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão).

Porém, apesar de o número ter diminuído consideravelmente, o Brasil ainda está entre os países mais perigosos para o exercício do jornalismo no mundo. De acordo com levantamento da ONG RSF (Repórteres sem Fronteiras) coloca o país na posição de número 103 no ranking de liberdade de imprensa, que conta com 180 países avaliados. Já o CPJ (Comitê para Proteção dos Jornalistas) coloca o Brasil na oitava posição na lista dos países com mais crimes sem solução contra jornalistas. 

O relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão no Brasil aponta que em todo o ano passado, foi registrado um caso de assassinato de jornalista e 82 casos de violência não-letal, que envolveram, pelo menos, 116 profissionais e veículos de imprensa. Em 2016, o país registrou 172 casos de violência não-letal, o dobro em relação ao ano passado.

Ainda segundo a pesquisa, a queda no número de violência não-letal está diretamente relacionada à dimunição dos protestos populares, que geralmente vêm acompanhados de violência policial e de manifestantes. Apesar da queda, pelo menos 116 profissionais e veículos de comunicação sofreram algum tipo de violência.

Publicidade

As agressões físicas vão de socos, pontapés a disparos de arma de fogo ou de bala de borracha. Tais agressões ainda são a principal forma de violência não-letal: foram 35 casos relatados (42,68%), envolvendo ao menos 59 jornalistas. As ofensas e intimidações passaram a ser feitas também por meio das redes sociais.

As ameaças, por sua vez, representam 12,19% do total. Segundo o relatório, elas merecem especial atenção, pois muitos casos não são relatados ou são minimizados pelas vítimas.

Publicidade

Profissionais de TV, jornal e rádio foram os principais alvos. A pesquisa mostra ainda que os autores das agressões foram, principalmente os ocupantes de cargos públicos, seguidos de populares e de parentes dos alvos das reportagens.

As decisões judiciais também entraram no relatório. No entanto, não estão contabilizadas como violência não-letal. Em 2017, houve um aumento de 11,11% dos casos em relação a 2016.

A pesquisa destaca o caso da morte do blogueiro e radialista Luís Gustavo da Silva, no Ceará. De acordo com a assossiação, o assassinato dele mostra o motivo pelo qual o país ainda figura entre os mais perigosos do mundo para os jornalistas.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.