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Witzel insiste em sessão secreta: 'Impeachment foi patrocinado'

Ex-governador prestou depoimento à CPI da Covid hoje e abandonou a sessão após discussão com senadores governistas

Brasil|Do R7


Wilson Witzel durante depoimento à CPI da Covid no Senado
Wilson Witzel durante depoimento à CPI da Covid no Senado

Em entrevista coletiva logo após ter abandonado a CPI da Covid no Senado, o ex-governador Wilson Witzel afirmou que vai insistir em uma sessão secreta com os membros titulares do colegiado para apresentar provas de que seu impeachment foi "patrocinado" financeira e politicamente.

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"Pedi à CPI uma sessão sob segredo de Justiça para que a gente possa aprofundar os fatos que envolvem e aqueles que estão por trás do meu impeachment. Quem patrocionou meu impeachment financeiramente, quem patrocionou politicamente de forma ilícita, só a CPI independente, senadores, é que podem investigar. Aguardo mais um convite", disse.

Witzel afirmou que os deputados que compuseram o tribunal que determinou a cassação de seu mandato foram escolhidos previamente e essas questões fizeram parte de um roteiro para atingir os governadores do país e interfiram no combate à pandemia. Os fatos, alega, não podem ser revelados em uma sessão aberta, pois comprometeriam as investigações.

"A minha cassação interferiu no combate à pandemia, principalmente porque eu fui o primeiro governador a tomar medidas rigorosas no combate à pandemia e a narrativa do governo federal sempre foi o negacionismo. O resultado disso são mais de 431 mil mortes."

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Para ele, os governadores que não estão alinhados com o governo federal sofrem perseguição e, em seu caso particular, começou com o caso Marielle.

Leia também: Investigação sobre caso Marielle completa três anos sem conclusão

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"Eu me comprometi a dar independência à polícia, o procurador de Justiça do Rio de Janeiro foi escolhido conforme indicação do próprio Ministério Público. Não indiquei um secretário de polícia capacho meu. Por essas e outras razões que eu entendo que algumas questões precisam ser tratadas de forma reservadas nesse momento."

Ao ser perguntado se o governo federal interveio nas investigações do caso Marielle, Witzel destacou que os executores foram presos dois meses após o início de sua gestão.

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"As investigações começaram antes, mas como meu programa de governo dava independência e, no caso Marielle, uma promessa de campanha de que esse caso seria esclarecido, a polícia chegou a dois que moravam no condomínio do presidente. A partir daquele momento, o presidente não falou mais comigo."

Abandono da sessão

Questionado sobre os motivos que o levaram a abandonar a sessão de hoje, Witzel disse que se sentiu ofendido com algumas perguntas "chulas e levianas". "Estou aqui para ser respeitado e respeitar. A partir do momento que começaram a ocorrer xingamentos, como nas redes sociais, entendi que seria melhor [deixar a reunião]", afirmou.

O ex-governador deixou a sessão inesperadamente, no meio do interrogatório do senador Eduardo Girão (Podemos-CE). 

Quando Girão citava denúncias de corrupção durante sua gestão, o senador foi interrompido pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que informou que Witzel, valendo-se do direito que o STF (Superior Tribunal Federal) lhe garantiu, de ficar calado ou se ausentar do depoimento.

Pouco antes, Witzel havia discutido asperamente com outro governista, o senador Jorginho Mello (PL-SC). O parlamentar afirmou que o ex-governador, um ex-juiz federal, é uma vergonha ao Judiciário brasileiro por ter se aproveitado do cargo executivo para praticar corrupção.

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