8 de janeiro: STF recebe obras feitas com destroços e faz roda de conversa
O vice-presidente do Supremo no exercício da Presidência, ministro Edson Fachin, abrirá o encontro
O STF (Supremo Tribunal Federal) vai promover, na próxima quarta-feira (8), uma roda de conversa com servidores e colaboradores que atuaram na limpeza e reconstrução das instalações depredadas, além da restauração das obras destruídas durante a invasão da Corte no dia 8 de janeiro de 2023. O evento é em memória aos ataques ocorridos aos prédios dos Três Poderes.
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O vice-presidente do Supremo no exercício da Presidência, ministro Edson Fachin, abrirá o encontro, e também receberá, às 15h30, obras de arte, produzidas com destroços da invasão, de quatro artistas plásticos de Brasília. No mesmo dia, o Supremo lançará um hotsite de memória com informações completas, que vão desde explicações sobre os ataques e a destruição do prédio até o processo de reconstrução e a responsabilização daqueles que invadiram e depredaram as instalações da Corte.
Arte
Quatro artistas participam do projeto: Valéria Pena-Costa, Carppio de Morais, Marilu Cerqueira e Mário Jardim. Uma das obras é o Manto da Democracia, em que Valéria Pena-Costa convidou 60 mulheres para reconstruir simbolicamente a toga da ministra Rosa Weber, presidente do STF na data dos ataques.
Há ainda uma pintura sobre tela com tonalidade em preto inspirada no luto das páginas carbonizadas da Constituição.
Eventos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa no mesmo dia de um ato pelos dois anos dos ataques extremistas. O evento, organizado pelo PT do Distrito Federal, será na Praça dos Três Poderes. A marcha, que tem sido chamada de “abraço simbólico à democracia”, deve reunir ministros do governo e demais autoridades.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) foram convidados. A expectativa é que Lula dê início ao ato ao descer a rampa do Palácio do Planalto, que também foi atacado pelos extremistas, ao lado de chefes das pastas federais e de outras autoridades.
Até o início de dezembro, o STF tinha condenado 310 pessoas por envolvimento nos ataques. Desse total, 229 foram condenadas como executoras dos atos e 81, como incitadoras. Outros 500 acusados assinaram acordo de não persecução penal e tiveram os processos encerrados.