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Hacker afirma que Bolsonaro prometeu indulto para que ele assumisse grampo em Moraes 

Ainda segundo Walter Delgatti, o ex-presidente garantiu proteção em caso de uma eventual prisão

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Walter
Delgatti fez afirmação à CPMI do 8 de Janeiro
Walter Delgatti fez afirmação à CPMI do 8 de Janeiro Walter Delgatti fez afirmação à CPMI do 8 de Janeiro

O hacker Walter Delgatti afirmou nesta quinta-feira (17) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu indulto a ele para assumir um suposto grampo feito por agentes estrangeiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Delgatti está preso desde o início de agosto, depois de ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal.

Delgatti disse ter concordado em assumir o grampo por ser uma “proposta do presidente da República” e que poderia pôr em xeque a credibilidade de Moraes com o objetivo de anular as eleições. O ex-presidente ainda teria pedido ao hacker que ele ficasse “tranquilo”. “Caso um juiz mande te prender, eu mando prender o juiz”, teria afirmado Bolsonaro.

O R7 entrou em contato com a defesa de Bolsonaro que afirmou que entrará com uma queixa-crime contra Delgatti por mentir. Nas redes sociais, o advogado do ex-presidente negou a existência do grampo ou "qualquer atividade ilegal". "Mente e mente e mente", completou.

Por meio de nota, a defesa de Carla Zambelli (PL-SP) diz que ainda não teve acesso aos autos da investigação e que, assim que possível, se manifestará de forma mais ampla. "A defesa da deputada Carla Zambelli novamente refuta e rechaça qualquer acusação de prática de condutas ilícitas e ou imorais pela parlamentar, inclusive negando as aleivosias e teratologias mencionadas pelo senhor Walter Delgatti", completa a nota.

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O hacker tem o direito de ficar em "silêncio" após uma decisão do ministro do STF Edson Fachin, mas está respondendo aos questionamentos dos parlamentares. "O direito ao silêncio confere à pessoa, independente se investigada ou testemunha, que comparece perante qualquer dos Poderes públicos a prerrogativa de não responder a perguntas cujas respostas, em seu entender, possam incriminá-la”, afirmou Fachin.

A convocação do hacker à CPMI foi um pedido da ala governista e foi aprovado um dia depois de sua prisão. A base do governo afirma que Delgatti tem "envolvimento na promoção dos atos criminosos contra a democracia e as instituições públicas brasileiras”. Por se tratar de uma convocação, Delgatti é obrigado a comparecer à comissão.

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O depoimento dele à CPMI ocorreria na semana passada, mas foi adiado. Preso desde o início do mês, ele prestou esclarecimentos à Polícia Federal nesta quarta (16). Durante o depoimento, afirmou que recebeu quantias em dinheiro da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que supostamente queria que ele "invadisse a urna eletrônica ou qualquer sistema da Justiça" com o objetivo de demonstrar uma possível fragilidade do sistema judicial.

Ele foi detido por suspeita de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O hacker depôs na PF sobre a suposta tentativa de inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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