‘A história vai ser revisitada’, diz Flávio Bolsonaro ao comemorar aprovação da dosimetria
Em vídeo, senador celebra redução de penas do 8 de Janeiro, cita Jair Bolsonaro e afirma que condenações ainda serão revistas
Brasília|Do R7, em Brasília
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“A história vai ser revisitada.” A frase dita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deu o tom do vídeo divulgado após o Senado aprovar, nesta quarta-feira (17), o projeto de dosimetria relacionado aos atos do 8 de Janeiro.
A proposta reduz penas dos condenados e beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob expectativa de veto.
No vídeo, Flávio Bolsonaro reconheceu limites do acordo político, mas classificou o resultado como possível dentro do atual cenário do Congresso.
Veja:
“Não era exatamente o que a gente queria, não era o que a gente estava batalhando, mas é o que era possível nessa conjuntura de composição do Congresso Nacional, nessa conjuntura de interferência de forças externas dentro do poder legislativo”, apontou.
O senador afirmou que o debate sobre dosimetria não deveria existir e voltou a atacar as decisões do Supremo Tribunal Federal, citando diretamente Jair Bolsonaro.
“Não era nem pra gente estar discutindo dosimetria e nem anichia, era para estar discutindo a anulação dessa farsa que foi esse processo todo na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, onde o Bolsonaro e centenas de outras pessoas foram condenadas pelos seus inimigos”, acusou.
Comparação com escolha entre Pelé e Maradona
Em outro trecho, Flávio Bolsonaro usou uma comparação esportiva para reforçar a crítica ao julgamento.
“É como se um grupo, uma turma composta de argentinos fosse decidir quem foi o melhor jogador do mundo, se foi Pelé ou se foi Maradona. Obviamente que os argentinos iam falar que foi o Maradona, independente do que tivesse naquele processo”, disse, rindo.
Ao encerrar a gravação, o senador afirmou que o desfecho judicial ainda pode mudar.
“Então, a história com certeza ainda vai ser revisitada para que a gente faça justiça de verdade essas pessoas e vamos continuar lutando aí pela redemocratização do nosso Brasil. A luta continua.”
A aprovação ocorreu com 48 votos favoráveis e 25 contrários, mantendo o mesmo resultado obtido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para evitar novo envio à Câmara, o Senado promoveu ajustes no texto, limitando os efeitos da redução exclusivamente aos crimes ligados aos atos antidemocráticos.
A versão anterior, aprovada pelos deputados, ampliava o alcance para outros delitos, como corrupção e violência sexual.
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