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Advogados pedem liberdade de suspeitos de estupro coletivo

Pedidos foram encaminhados ao Ministério Público de Goiás. O promotor dará um parecer e documentos seguirão para a Justiça

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Mulher denunciou estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás. Policial do DF teria participado
Mulher denunciou estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás. Policial do DF teria participado Mulher denunciou estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás. Policial do DF teria participado

Os advogados dos suspeitos de participar de um estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás (GO) entraram com um novo pedido de liberdade provisória. O ato de violência ocorreu na madrugada de 9 de outubro e foi denunciado no mesmo dia. Um dos suspeitos é um subtenente da Polícia Militar do DF e um dos donos do lote em que fica a residência onde teria acontecido o crime.

Os pedidos dos defensores foram feitos após a audiência de custódia, nesta quinta-feira (14), e serão encaminhados ao Ministério Público do Estado de Goiás. Um promotor dará seu parecer sobre cada um dos argumentos dos defensores e os documentos serão analisados pela Justiça goiana.

De acordo com Aldenio de Souza, advogado do policial militar, em vez de decidir pela soltura ou não dos envolvidos, o juiz que presidiu a audiência de custódia preferiu ouvir cada uma das partes. “Na audiência, o juiz de Águas Lindas trouxe todos [os suspeitos] com os advogados. Ficou acertado que a decisão da manutenção da prisão não seria tomada de forma imediata”, explicou.

“Ele pediu que fossem apresentados por escrito os peticionamentos e, a partir disso, seria tomada a decisão. Todas as defesas apresentaram seus respectivos pedidos, e o processo seguiu para análise do MP”, relatou o advogado.

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O crime

A vítima contou que estava em uma festa em 8 de outubro e, no amanhecer do dia seguinte, duas mulheres a convidaram para dormir em um dos quartos da casa. Elas a deixaram no local e, em seguida, o policial militar teria entrado, mostrado uma arma e dado início aos estupros.

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Ela contou que o homem deixou uma arma no guarda-roupa e outros dois homens entraram e deram continuidade à violência, seguidos por outros dois e um último, que teria entrado na sequência. Segundo o depoimento da jovem, “nenhum dos crimes sexuais foi consensual e [...], durante o período em que foi violentada, pediu por socorro e não foi atendida por nenhum dos frequentadores da festa”.

Ao R7, o advogado do policial militar pôs em dúvida parte do depoimento da vítima. Disse, entre outras coisas, que ela não teria fugido do local, como relata, mas que teria permanecido em frente à residência por cerca de 20 minutos depois de despertar. “A palavra da vítima em crimes dessa natureza tem que ter um peso a mais, pela dificuldade de ela produzir provas, mas isso não pode ser levado como verdade absoluta”, argumentou.

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A Polícia Militar do DF aguarda a conclusão do inquérito. Por meio de nota, a corporação informou que, “se após as devidas apurações do fato restar configurada a participação de um integrante da corporação, todas as medidas cabíveis serão tomadas”.

Novo depoimento

Em novo depoimento na manhã desta sexta-feira (15), a vítima mudou parte da versão do primeiro depoimento e disse não ter certeza da participação do irmão do policial militar nos abusos cometidos contra ela. As informações são do advogado da jovem.

Inicialmente, a vítima relatou à Polícia Civil ter sofrido oito abusos na mesma noite, por seis homens. No depoimento desta sexta, ela disse não lembrar se houve um sexto participante no estupro coletivo, mas reafirmou o cometimento do crime pelos outros cinco suspeitos.

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