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Vítima de estupro coletivo em Goiás relata oito abusos na mesma noite

Segundo a vítima, duas mulheres a levaram para um quarto e seis homens a violentaram. Ninguém na festa a socorreu 

Brasília|Alan Rios, do R7, e Josiane Ricardo, da Record TV

Dos seis acusados do crime, três foram presos. Justiça negou pedido de liberdade provisória
Dos seis acusados do crime, três foram presos. Justiça negou pedido de liberdade provisória

A vítima que denunciou um estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás, no último sábado (9), relatou à Polícia Civil ter sofrido oito abusos na mesma noite, de seis homens. A mulher, de 25 anos, prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia da cidade goiana e detalhou os estupros, que, segundo ela, começaram sob a ameaça de um policial militar do Distrito Federal com uma arma de fogo. Três suspeitos foram presos.

Segundo o relato da vítima, ela estava em uma festa no dia 8 de outubro, em Águas Lindas, e, já no amanhecer do dia seguinte, foi convidada por duas mulheres a entrar em um quarto da casa e dormir.

Assim que a jovem entrou no cômodo, as duas mulheres saíram e um homem entrou. Identificado posteriormente como um subtenente do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do DF, o suspeito teria mostrado uma arma e começado a praticar os abusos sexuais.

Em seguida, ela narra à polícia que o PM deixou o revólver no guarda-roupa e a porta do quarto foi aberta por outros dois homens, que também mantiveram relações sexuais forçadas com a jovem. Quando a dupla de suspeitos saiu, mais dois homens entraram e também a estupraram, segundo o depoimento. Outro suspeito ainda teria entrado em seguida e violentado a vítima mais uma vez.


“Quando finalmente pensou estar livre de toda a violência, o primeiro autor retornou e novamente manteve relações sexuais. Depois, mais um dos autores anteriores retornou e manteve relações. A vítima afirma que nenhum dos crimes sexuais foi consensual e que, durante o período em que foi violentada, pediu por socorro e não foi atendida por nenhum dos frequentadores da festa”, diz trecho do depoimento da jovem.

A jovem foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Municipal Bom Jesus para atendimento médico. Na delegacia, ela reconheceu três dos seis suspeitos.


Presos

O Ministério Público solicitou a homologação da prisão em flagrante do trio, convertendo em prisão preventiva, enquanto a defesa dos acusados pediu a concessão da liberdade provisória. A Justiça entendeu que “os indícios de autoria estão suficientemente comprovados, consoante depoimentos das testemunhas”, e acolheu o pedido do MP, mantendo os três presos preventivamente.

Em nota, a PM-DF informou que está aguardando a conclusão do inquérito para dar prosseguimento às apurações. O comunicado destaca que a corporação não compactua com quaisquer desvios de condutas, menos ainda com ações que configurem crimes. Ainda segundo a nota, “se após as devidas apurações do fato restar configurado a participação de um integrante da corporação, todas as medidas cabíveis serão tomadas”.

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