Agência de risco aumenta nota de crédito do Brasil e mantém perspectiva positiva

A agência de classificação de risco Moody’s aumentou nesta terça-feira (1°) a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva positiva. A nota soberana é uma avaliação da capacidade de um país de pagar as próprias dívidas, baseada em diversos fatores, como o crescimento econômico, o comércio exterior e a arrecadação de impostos.

Revisão ocorre alguns meses depois da agência ter atribuído perspectiva positiva ao Brasil, em maio de 2024, o que endossa a tendência de melhora nas notas crédito do Brasil. Agora o país ficou a um passo do grau de investimento pela agência.

Em comunicado, a Moody’s mencionou que o aumento da nota ocorreu em virtude do “desempenho robusto do crescimento do PIB e o histórico recente de reformas econômicas e fiscais”. A agência chamou atenção à importância do compromisso com as metas fiscais e com estabilização do PIB.

A agência mencionou ainda a reforma tributária, alegando que vai aprimorar o ambiente de negócios do Brasil e a alocação dos recursos, além de aumentar o potencial de crescimento a longo prazo. Segundo a Moody’s, a agenda de transição energética do Poder Executivo atrai investimentos privados e reduz a vulnerabilidade do país a choques climáticos.

A agência também informou esperar uma melhora gradual nos resultados primários do governo alinhadas às metas fiscais para os próximos anos.

Em nota, o Ministério da Fazenda disse reafirmar seu compromisso com a melhoria dos resultados fiscais, empreendendo esforços para aumentar a arrecadação e conter gastos. “A elevação da nota de crédito pela Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira”, informou o governo.