AGU assina acordo com família de Vladimir Herzog, jornalista morto pela ditadura
Acordo prevê uma indenização por danos morais à família do jornalista

A AGU (Advocacia-Geral da União) assinou nesta quinta-feira (26) um acordo entre o governo federal e a família do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em outubro de 1975.
O acordo prevê uma indenização por danos morais à família do jornalista, no valor aproximado de R$ 3 milhões, além de reparação econômica em prestação mensal e continuada à viúva de Herzog, Clarice Herzog.
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O acordo foi assinado no âmbito do processo judicial proposto há cerca de cinco meses pela família do jornalista.
Herzog, que era diretor de jornalismo da TV Cultura quando foi torturado e assassinado, completaria 88 anos na sexta-feira (27).
O ato de assinatura do acordo contou com a presença do ministro da AGU, Jorge Messias, e de Ivo Herzog, filho do jornalista, em São Paulo.
A morte de Herzog foi forjada como suicídio pelos militares. Em 2018, o Estado brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por não ter investigado, julgado e punido os responsáveis pela tortura e assassinato do jornalista.
A sentença determinou também que o processo penal fosse reiniciado. Apesar disso, a punição dos autores do crime ainda não ocorreu, mesmo após meio século.
Além de diretor de jornalismo da TV Cultura, Herzog era militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro) quando foi convocado a prestar explicações no DOI-Codi, centro de inteligência e repressão do governo brasileiro durante a ditadura.
O fato ocorreu em 25 de outubro de 1975. Herzog foi torturado e morto. O Exército alegou suicídio, o que não foi comprovado.
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