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Alckmin anuncia R$ 741 milhões em recursos federais a cidades atingidas por ciclone no RS

O presidente em exercício disse que os desafios são 'salvar vidas, reconstruir as cidades e recuperar a economia'

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Alckmin sobrevoou com Eduardo Leite as regiões afetadas
Alckmin sobrevoou com Eduardo Leite as regiões afetadas

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou neste domingo (10) a liberação de R$ 741 milhões em recursos federais para auxiliar as cidades do Rio Grande do Sul afetadas pela passagem do ciclone extratropical. O montante será dividido entre diferentes áreas, como saúde, assistência social, defesa e transportes.

Em coletiva de imprensa, Alckmin ressaltou que o desafio da força-tarefa se concentra em três pilares: salvar vidas, reconstruir as cidades e recuperar a economia.

"Eu vejo que nós temos três desafios. O primeiro é salvar vidas, o que foi feito com enorme empenho no sentido de buscar as pessoas, além de continuar o trabalho hospitalar, de saúde, social. O segundo é reconstruir as cidades que foram destruídas e é impressionante a violência das águas. E o terceiro é a economia: salvar o emprego e recuperar a economia", discursou Alckmin.

Dos R$ 741 milhões, Alckmin citou a repartição de parte dos valores. Vinte e seis milhões de reais vão para a atuação da Defesa. Foram disponibilizadas seis aeronaves federais, além de barcos, botes, tratores e outros veículos para auxiliar nos resgates e assistência à população. Para a Saúde serão destinados R$ 80 milhões, aplicados em hospital de campanha, medicamentos, além de reconstrução de Unidades Básicas de Saúde.


Um hospital de campanha foi montado em Roca Sales e começa a funcionar neste domingo (10). Além disso, o Ministério da Saúde vai enviar kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas. Outra medida foi a criação de uma sala de situação permanente, com dez ministérios trabalhando em força-tarefa para auxiliar o Rio Grande do Sul.

Para a reconstrução da ponte na BR 101, no quilômetro 96 sobre o rio das Antas, além de outras demandas, foi destinado o montante de R$ 16 milhões para Transportes. O Ministério das Cidades terá R$ 185 milhões para moradias e os ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social e do Desenvolvimento Agrário outros R$ 182,4 milhões para assistir à população com recursos emergenciais e distribuição de alimentos. A Receita Federal também terá R$ 7 milhões e vai redistribuir apreensões feitas para a região.


O vice-presidente desembarcou neste domingo (10) no Rio Grande do Sul e sobrevoou as regiões afetadas, em especial os municípios de Roca Sales, Muçum e Lajeado. Segundo ele, a visita tem com objetivo prestar solidariedade e ouvir as demandas. "Viemos principalmente para trazer nossa solidariedade, dizer que contem conosco. O trabalho está começando para recuperar a região. Por outro lado, [viemos para] ouvir vocês", disse. 

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Absoluta prioridade

Além de Alckmin, participam da comitiva os ministros da Defesa, José Múcio; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta; do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; além de representantes de outros ministérios e órgãos federais.

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Segundo Pimenta, “da parte do presidente Lula e do presidente [Geraldo] Alckmin houve absoluta prioridade do ponto de vista das nossas ações“.

“Imediatamente acionamos a Polícia Rodoviária Federal, o ministro da Justiça [Flávio Dino] disponibilizou o helicóptero e depois uma série de aeronaves da Marinha e do Exército foi disponibilizada”, destacou Pimenta.

“Liberou-se recursos para o auxílio abrigamento e também para compra de material de limpeza”, acrescentou o ministro.

Na visita, o governo federal anunciou, ainda, a inclusão de R$ 14,9 bilhões para a prevenção de desastres naturais no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos serão disponibilizados ano a ano, com término em 2026. Os investimentos para prevenção incluem obras de saneamento ambiental, barragens de contenção, drenagem e canais para ampliar o escoamento e o fluxo das águas. A ideia é priorizar, neste ano, o repasse para a região Sul, em razão do ciclone que deixou pelo menos 43 mortos, mais de 3.000 desabrigados e mais de 8.000 desalojados em 87 municípios.

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