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Alckmin fala em adiamento de prazo só em último caso para enfrentar tarifa de Trump

Taxa extra anunciada pelo norte-americano começa a valer em 1º de agosto; Brasil tenta negociar para reverter decisão

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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Alckmin comanda o comitê que discute a taxa de Trump com empresários Júlio César Silva/MDIC - 15.07.2025

O vice-presidente Geraldo Alckmin não descarta a possibilidade do Brasil pedir ao governo norte-americano adiamento do início da taxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA. No entanto, segundo o vice-presidente, o objetivo da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva é reverter a decisão de Donald Trump, anunciada na semana passada.

A nova tarifa do republicano começa a valer em 1º de agosto. “Houve uma colocação da questão de que o prazo é exíguo, pedindo um prazo maior, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, é procurar resolver até o dia 31 [de julho]. O governo vai trabalhar para tentar resolver e avançar nesse trabalho nos próximos dias”, destacou Alckmin a jornalistas após a segunda reunião do comitê do governo que discute o assunto com empresários brasileiros afetados, nesta terça-feira (15).


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Geraldo Alckmin não descarta pedido de adiamento da tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros.
  • A tarifa começará a vigorar em 1º de agosto e o governo brasileiro busca reverter a decisão de Donald Trump.
  • Reuniões já foram realizadas com setores produtivos para discutir o impacto da taxa e formas de resolução.

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A criação do grupo de trabalho foi determinação de Lula, após Trump anunciar a taxa. O primeiro encontro ocorreu nesta manhã, com os setores produtivos com maior fluxo comercial com os EUA, como calçados, máquinas e peças, indústria têxtil e aviação.

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De tarde, foi a vez do agronegócio, com representantes de carnes, couro, frutas e sucos. O comitê é comandado por Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O grupo também reúne as pastas da Fazenda, das Relações Exteriores e a Casa Civil.


Possibilidade de adiamento

Na reunião da manhã, Alckmin não descartou a possibilidade de pedir mais tempo ao governo norte-americano. “Nós queremos resolver o problema, e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou.

Nessa segunda (14), porém, Alckmin negou a jornalistas que o governo federal tenha pedido aos EUA prorrogação do início da vigência da taxa.


“O governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo nem fez nenhuma proposta sobre alíquota, sobre percentagem. O que estamos fazendo é ouvindo os setores mais envolvidos, para o setor privado também participar e se mobilizar também com seus congêneres e parceiros nos Estados Unidos”, declarou o vice-presidente.

Encontro com norte-americanos

Nesta quarta-feira (16), Alckmin reúne-se com empresários norte-americanos para discutir a taxa.


O encontro, informado por Alckmin nesta terça (15), ocorre por meio do comitê do governo que discute a questão com empresários brasileiros. A Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) também deve participar.

“Amanhã continua, com empresários americanos e brasileiros, organizações do cooperativismo e outros setores que pediram para participar”, afirmou.

Busca por novos mercados

Após o encontro com representantes do agronegócio, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que o governo segue em busca de novos compradores para os produtos brasileiros.

“Vamos, então, intensificar a busca por alternativas, mas já no reconhecimento de que não é possível em 10 ou 15 dias dar destino a tudo isso que se produz no Brasil e é vendido para os EUA. O diálogo está aberto da parte brasileira, mas com respeito à soberania e com muita altivez”, afirmou.

Fávaro aproveitou para destacar a abertura de mercados do agronegócio brasileiro desde o início do terceiro mandato de Lula. Segundo o ministro, são 393 novos compradores desde janeiro de 2023.

“A determinação do presidente Lula é que esse papel agora seja intensificado — achar as alternativas para essa produção brasileira. Quando a gente lança o maior Plano Safra da história, com a supersafra, é para que a gente possa abastecer o mercado local, combater a inflação de alimentos e excedentes para exportar, gerando crescimento", acrescentou o ministro.

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