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R7 Brasília

Alckmin nega reforma ministerial após crise no União Brasil

Ministra Daniela Carneiro e mais cinco deputados pediram desfiliação do partido comandado por Luciano Bivar

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Geraldo Alckmin fala durante fórum sobre avanços na infraestrutura e reindustrialização
Geraldo Alckmin fala durante fórum sobre avanços na infraestrutura e reindustrialização

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, negou nesta quarta-feira (12) qualquer reforma ministerial do governo federal. A declaração ocorre após a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, ter pedido desfiliação do União Brasil, o que abriu uma crise dentro do partido, que reivindica o cargo.

“Não tem nenhuma história de reforma ministerial. O cargo de ministro é de responsabilidade e da confiança do presidente (Luiz Inácio Lula da Silva). Não tem discussão”, afirmou.

A fala ocorreu após fórum sobre avanços na infraestrutura e reindustrialização, realizado pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em Brasília.

A ministra do Turismo e os deputados Chiquinho Brazão, Juninho do Pneu, Marcos Soares, Ricardo Abrão e Dani Cunha, da bancada do Rio de Janeiro do União Brasil, pediram à Justiça Eleitoral para deixar a sigla após desentendimentos com o diretório nacional, que não quer apoiar o governo Lula.


Em outubro de 2022, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, liberou a bancada e os diretórios para apoiar qualquer candidato no segundo turno das eleições presidenciais. Logo após o resultado, a maioria dos 59 deputados federais que tinham sido eleitos pela sigla havia declarado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entenda a briga

Daniela é esposa do prefeito de Belford Roxo (RJ) e presidente estadual do União Brasil, Waguinho Carneiro. Waguinho apoiou o presidente Lula após declinar de uma aliança com Bolsonaro e, desde então, está sofrendo retaliação por parte da sigla.


A indicação de Daniela para ocupar uma das três vagas do União Brasil no Executivo também criou instabilidade no partido. Agora, o presidente da legenda diz que a vaga é da sigla, e não da ministra.

Waguinho também pediu desfiliação da sigla. Como é do Executivo, ele pode deixar o partido sem risco de punição. Fontes do R7 afirmaram que os deputados entraram na Justiça Eleitoral justamente para tentar fugir de penalidades, que podem incluir a perda do mandato. O prefeito se filiou ao Republicanos e já tomou posse como presidente do diretório estadual do partido.

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