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R7 Brasília

Alexandre Silveira é criticado por indicações ao Conselho de Administração da Petrobras

Federação Única dos Petroleiros afirma que os indicados pelo ministro seriam nomes ligados ao mercado financeiro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na tribuna do Senado; titular é criticado por entidade
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na tribuna do Senado; titular é criticado por entidade

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem sido criticado pelas indicações feitas ao Conselho de Administração da Petrobras. Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que os indicados seriam nomes ligados ao mercado financeiro e a favor de privatizações.

Na última segunda-feira (28), Silveira enviou a lista de indicações à estatal. O atual secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Adamo Sampaio Mendes, foi indicado para a presidência do conselho. Como membros, foram apontados: Jean Paul Prates (atual presidente da empresa), Carlos Eduardo Turchetto Santos, Vitor Eduardo de Almeida Saback, Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira e Wagner Granja Victer.

Além desses, foram escolhidos membros independentes do Conselho de Administração. São eles: Sergio Machado Rezende e Suzana Kahn Ribeiro. Agora, as indicações foram encaminhadas para conhecimento e providências da área financeira e de relacionamento com investidores da empresa.

Para a FUP, as indicações feitas por Silveira ocorreram de forma unilateral e o ministro teria elaborado a lista sem discussão prévia. "Nomes ligados ao 'bolsonarismo', ao mercado financeiro e a favor de privatizações", disse o coordenador-geral da federação, Deyvid Bacelar.


O dirigente da FUP teme que, caso as indicações sejam aprovadas, o novo Conselho de Administração imponha obstáculos para o cumprimento de programa de governo, que inclui mudanças na política de preços de combustíveis, na sistemática de dividendos da Petrobras e o fim das privatizações na companhia.

Um dos questionamentos da entidade é se Pietro Mendes, indicado para a presidência do conselho, se enquadra na Lei das Estatais. A federação aponta que o indicado é funcionário de carreira da Agência Nacional de Petróleo e acumula função no ministério. Ele também atuou como secretário-adjunto de Adolfo Sachsida, ministro que chefiou a pasta na gestão do governo anterior.


Ainda segundo a federação, outro indicado, empresário do setor de açúcar e álcool Eduardo Turchetto responde a processo relacionado à destruição de floresta, com corte de árvores em Minas Gerais. Já Vitor Saback, informa a entidade, foi assessor especial de Paulo Guedes e, na gestão de Michel Temer, trabalhou como assessor de relações parlamentares no Palácio do Planalto.

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A reportagem acionou o Ministério de Minas e Energia e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

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