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R7 Brasília

Alvo de operação da PF é nomeado para secretaria no Ministério da Previdência Social

Paulo Roberto foi investigado em 2013 por desvios de recursos públicos, quando atuava no Ministério do Trabalho de Dilma

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Paulo Roberto dos Santos Pinto foi ministro interino do Trabalho de Dilma Rousseff
Paulo Roberto dos Santos Pinto foi ministro interino do Trabalho de Dilma Rousseff

O ministro da Previdência social, Carlos Lupi, escolheu um investigado pela Polícia Federal para ocupar uma secretaria da pasta. A nomeação de Paulo Roberto dos Santos Pinto é para o cargo de secretário de Regime Próprio e Complementar, área recém-criada. A indicação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira (25).

Paulo Roberto é advogado, com registro ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e servidor do Banco do Brasil, que o cedeu para o Ministério da Previdência Social na quinta-feira (26).

Ele foi alvo da Operação Esopo da Polícia Federal em 2013, quando era secretário-executivo do então Ministério do Trabalho e Emprego no governo de Dilma Rousseff (PT) — o número dois da pasta. A ação da PF investigava irregularidades na prestação de serviços públicos. 

Paulo Roberto e Lupi são próximos desde que o presidente do PDT foi ministro do Trabalho e Emprego entre 2007 e 2011, no segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na primeira gestão de Dilma.


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Poucos meses após assumir a pasta do Trabalho e Emprego, Lupi nomeou, em setembro de 2007, Paulo Roberto para substituir o secretário-executivo da época, em caso de afastamento ou impedimento. Tempos depois, ele passou a ocupar oficialmente o posto de número dois do Ministério.

Paulo Roberto chegou a ocupar interinamente o cargo de ministro do Trabalho e Emprego entre dezembro de 2011 e maio de 2012, após a saída de Lupi, em meio a denúncias de corrupção.


Manoel Dias substituiu-o como titular da pasta e Paulo Roberto voltou a ser secretário-executivo até pedir demissão, em setembro de 2013, um dia após ser chamado para depor no âmbito da Operação Esopo. Após prestar os esclarecimentos, ele foi liberado pelos agentes.

O R7 entrou em contato com o Ministério da Previdência Social, com Carlos Lupi e com Paulo Roberto, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.


Investigação

A operação de 2013 da PF de Minas Gerais teve início dois anos antes e apurava um esquema de fraudes que chegavam a R$ 400 milhões. As apurações se concentravam em licitações fraudulentas de prestação de serviços, construção de cisternas e produção de eventos turísticos e artísticos.

Os contratos eram celebrados com organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) aptas a fazer parceria com o governo, mas os serviços contratados ou eram superfaturados ou simplesmente não eram feitos.

Parte do dinheiro recebido pela contratada era repassado a agentes públicos envolvidos no esquema. As fraudes ocorriam em 11 estados – Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro.

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