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R7 Brasília

Ao assumir Secom, Sidônio nega mudança de slogan do governo, mas planeja novas campanhas

Novo ministro quer manutenção de ‘União e Reconstrução’, embora defenda que governo ‘tem de estar vivo’

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Entrada de Sidônio deve ser oficializada na próxima semana Lucas Leffa/Secom-PR - 7.1.2024

O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Sidônio Palmeira, afirmou nesta quarta-feira (8) que não planeja mudar o slogan do governo federal, embora deseje elaborar novas campanhas publicitárias. Prestes a assumir o cargo atualmente ocupado por Paulo Pimenta, Sidônio defendeu a manutenção de “União e Reconstrução”, frase usada pelo Executivo desde o início deste mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

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“Não [penso em mudar]. O slogan do governo é ‘União e Reconstrução’. Existe união, precisa de união do povo brasileiro ainda, na minha opinião. E reconstrução — a gente tinha um país, uma situação complicada. Isso [não mudar o slogan] não quer dizer que você não possa ir botando em outras coisas. Existe um slogan maior, mas você pode tocar com outras, dependendo de cada momento que o governo está vivendo. Vão ter [novas campanhas]. E eu acho que o governo tem de estar vivo. Eu acho que a gente está entrando no segundo tempo”, afirmou a jornalistas, durante a cerimônia alusiva aos dois anos do 8 de Janeiro.

A mudança na Secom foi anunciada nessa terça (7) por Pimenta à imprensa no Palácio do Planalto. Sidônio participou da declaração. A expectativa é que o publicitário seja oficializado no cargo na próxima semana.

Lula decidiu alterar o comando da secretaria para melhorar a divulgação das ações do governo federal — o presidente criticou publicamente a comunicação do Executivo em dezembro. Sidônio foi o responsável pela campanha vitoriosa do petista em 2022.


O publicitário e Pimenta reuniram-se com o presidente nessa terça (7), antes do anúncio da mudança. Segundo Sidônio, Lula pediu a ele que “trabalhasse e fizesse uma comunicação perfeita”. Ele ainda disse que o objetivo é aumentar a popularidade do governo. “E é isso que eu vou tentar. É uma experiência nova para mim. Eu sou um cara da iniciativa privada. Então, vou pegar essa experiência. Resolvi topar esse desafio. Uma coisa que se fala aqui no Palácio: o governo tem bons números de inflação, desemprego, só que isso não se traduz em aprovação do governo e popularidade do presidente”, declarou.

Ele ponderou que a comunicação do governo precisa considerar gestão e política, ao admitir que correções são necessárias, embora tenha havido conquistas importantes. “O governo tem feitos, inclusive a retomada de várias coisas que podem ser discutidas, inclusive na área econômica. Tem alguns problemas, mas não é vender o peixe, é até dar o peixe”, destacou o publicitário.


Sidônio também defendeu maior divulgação das ações da gestão petista. “O foco é o governo falar o que tem. Os ministérios aparecerem e mostrarem as suas marcas, o que estão fazendo. Acho que é esse o negócio, a gente tem que fazer com que a comunicação chegue na ponta. Isso é importante, e tem vários meios para isso. A gente tem uma forma de comunicação diferente, com o advento das redes sociais. Mas não só as redes sociais”, acrescentou.

No entanto, o novo ministro reforçou que não acredita em “chagas” do governo. “Eu não acho que o governo tem chaga, primeira coisa. E assim, eu acho que tem várias coisas boas e tem algumas coisas que precisam ser adequadas. A gente também tem que reconhecer o que precisa ser adequado. E eu preciso analisar”, continuou, ao reforçar que vai se debruçar melhor sobre as questões após assumir.


Sidônio afirmou que Lula deve aumentar as entrevistas à imprensa e disse que “nunca vai puxar a orelha” do presidente por eventuais deslizes nos discursos. O publicitário negou, ainda, que as falas do petista sejam melhores quando lidas, em detrimento de improvisos. “O presidente tem vários predicados e vários atributos. Tem vários atributos, inclusive a fala. Ele é quem é pelo jeito que ele fala”, defendeu.

“O que eu vou fazer é a melhor comunicação, de uma forma mais atualizada, mais adequada, é nisso que eu vou trabalhar. A comunicação tem que ser uníssona. Essa é a compreensão. Acho que a gente vai fazer primeiro uma anamnese [diagnóstico], para depois ver as medidas”, finalizou Sidônio.

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