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R7 Brasília

Após abandonar comissão na Câmara, Dino garante que vai ao Senado em maio

Ministro vai depor na Comissão de Segurança Pública; colegiado aprovou projeto para proteger agentes contra o crime organizado

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Ministro da Justiça, Flávio Dino, durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara
Ministro da Justiça, Flávio Dino, durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara

O ministro da Justiça, Flávio Dino, firmou o compromisso de comparecer à Comissão de Segurança Pública do Senado em 2 de maio, um dia após deixar a Câmara em meio a uma confusão entre os deputados durante a sessão em que participava. Aos senadores, Dino deve retomar a pauta para falar sobre as invasões nas sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro, violência nas escolas, crime organizado e estatuto do desarmamento. 

O requerimento de convocação foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). O pedido foi convertido em convite após lideranças do governo acordarem a data de comparecimento do ministro. 

“Além dos temas relevantes que têm surgido nos últimos meses, a exemplo dos atos do dia 8 de janeiro, a regulamentação do Estatuto do desarmamento, o combate às organizações criminosas e a violência nas escolas, entendemos que as políticas de longo prazo relacionadas à segurança pública a serem tomadas pela pasta devem ser esclarecidas perante a Comissão”, alegou Vieira.

Na terça-feira (11), Dino compareceu à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. O ministro saiu antes do fim da reunião por causa de uma confusão entre deputados. Parlamentares que participavam da sessão descumpriram o tempo de fala regimental, trocaram ofensas e quase se agrediram fisicamente.


Proteção a agentes de segurança

A Comissão de Segurança Pública também aprovou projeto de lei que criminaliza o planejamento de atentado a agentes públicos que combatem o crime organizado. A proposta ainda garante proteção especial a esses policiais e autoridades. 

O projeto é de autoria do senador Sérgio Moro (União-PR) e foi protocolado após ele e a família terem sido alvos de planos de execução por parte do crime organizado. O relator, senador Efraim Filho (União-PB) foi favorável à proposta. Efraim defendeu o texto citando os eventos ocorridos no Rio Grande do Norte e os desdobramentos da Operação Sequaz, conduzida pela Polícia Federal para prender grupo de pessoas que planejava ataques contra a vida de agentes públicos que atuam ou já atuaram no combate ao crime organizado. 


"Os casos revelam que a ousadia dos criminosos ultrapassou todos os limites, sendo imprescindível dar uma resposta severa para as condutas relacionadas à obstrução das ações de combate ao crime organizado", disse Efraim. 

Caso o projeto vire lei, a previsão é de pena de reclusão de três a oito anos para quem impede ou atrapalha investigação contra o crime organizado. A quem conspirar contra as investigações, solicitar ou ordenar a prática de violência ou grave ameaça contra os agentes públicos, a pena é de quatro a 12 anos, além de multa.

O texto segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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