Após anúncio da Petrobras, preço da gasolina deve cair R$ 0,29 em postos do Distrito Federal
Estimativa é do Sindicombustíveis-DF que também explica que os novos valores devem chegar 'aos poucos' para o consumidor
Brasília|Do R7, em Brasília
Os novos valores dos combustíveis passam a valer a partir desta quarta-feira (17), um dia após a Petrobras anunciar o fim da paridade de preços do petróleo — e dos combustíveis derivados, como gasolina e diesel — com o dólar e o mercado internacional. Nos postos do Distrito Federal, a redução para o consumidor será de R$ 0,29 na gasolina e R$ 0,39 no diesel.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, a mudança de estratégia comercial da Petrobras é "acertada", mas os novos valores devem chegar aos poucos para o consumidor.
"Hoje, parte dessa distribuição chegou ao revendedor. Não chegou tudo ainda. Nós acreditamos que seja por questões de estoque. Vamos aguardar para verificar se, nos próximos três ou quatro dias, as distribuidoras repassam tudo. Se não repassarem, o sindicato fará uma nota — não só à imprensa, mas também às distribuidoras — para cobrar essa queda de preço", explicou.
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Tavares alerta ainda que, apesar dessa queda, em 1º de junho, os combustíveis vão sofrer um reajuste de R$ 0,20 em todo o território nacional por causa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
"Parte dessa queda provavelmente voltará a subir em 1º de junho. Então, no caso da gasolina, o impacto final entre o que sobe e o que desce será de R$ 0,09", afirma.
Fim da paridade internacional
A Petrobras anunciou nessa terça-feira (16) a nova estratégia comercial para a variação de preços do diesel e da gasolina. Com a decisão, a companhia abandona a paridade internacional como base principal para os reajustes, política que estava em vigor desde 2016.
"Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", garante a companhia em fato relevante enviado ao mercado financeiro.
Com a mudança, a empresa afirma que passará a aplicar premissas que miram um "equilíbrio" entre os mercados nacional e internacional. A estatal ressalta que a nova estratégia prioriza o "custo alternativo do cliente", além de um valor marginal para a Petrobras.
Adotado por Pedro Parente
Em vigor desde junho de 2016, o Preço de Paridade Internacional (PPI) foi adotado por Pedro Parente, nomeado para comandar a estatal pelo ex-presidente Michel Temer. Logo no primeiro ano, mudanças foram estabelecidas e determinaram que os reajustes poderiam acontecer diariamente.
“Os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política, em outubro de 2016, não têm sido suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados", disse a Petrobras na recém-anunciada política de preços.
Somente nos primeiros três meses da política, a Petrobras alterou 58 vezes o valor dos combustíveis vendidos pelas refinarias do Brasil. O movimento resultou no aumento do preço da gasolina 28 vezes e na redução em 30 oportunidades.