Após defender fim do teto de gastos, Lula diz que não haverá 'gastança' em seu governo
A declaração foi dada logo após a fala na Câmara, em que ele chamou a regra fiscal de 'estupidez' e disse que pretende revogá-la
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
Em seu primeiro discurso no Palácio do Planalto após ter tomado posse, neste domingo (1º), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que não vai haver "gastança" em seu governo. A declaração foi dada logo depois do discurso na Câmara dos Deputados, em que ele chamou o teto de gastos de "estupidez" e disse que pretende revogá-lo.
"Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro", declarou.
Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC (proposta de emenda à Constituição) do estouro, que abre espaço no Orçamento de 2023 para bancar os compromissos feitos por Lula durante a campanha eleitoral.
Em tom conciliador, o presidente também disse que vai governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para quem votou nele nas eleições do ano passado.
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“Vou governar para todos e todas, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado de divisão e intolerância. A ninguém interessa viver em um país em permanente pé de guerra. É hora de reatarmos laços com amigos e familiares, rompidos por um discurso de ódio e disseminação de mentiras. Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz”, disse.
Lula frisou, ainda, que não existem dois Brasis. “Somos um único país, um único povo, uma grande nação. Somos todos brasileiros e brasileiras e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca, ainda que nos arranquem todas as flores.”