Após discurso de Tarcísio, Gilmar Mendes rebate críticas ao STF: ‘Não há ditadura da toga’
Governador de São Paulo disse mais cedo que ministros do STF agem como tiranos
Brasília|Do R7
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O ministro Gilmar Mendes, decano do STF (Supremo Tribunal Federal), rebateu as críticas feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), neste domingo (7). “No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil “ditadura da toga”, tampouco ministros agindo como tiranos”, escreveu nas redes sociais, sem citar Tarcísio.
O governador criticou, em discurso na Avenida Paulista, em São Paulo, os ministros do STF e chegou a dizer que não vai “aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer”, em alusão ao ministro Alexandre de Moraes. Em outro momento, citando o ministro, Tarcísio disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país”.
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Pelas redes, Gilmar Mendes defendeu que o STF tem cumprido seu papel. “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, afirmou.
As manifestações ocorrem em meio ao julgamento do considerado núcleo crucial da trama golpista. O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados são réus por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado. O julgamento, na Primeira Turma do STF, começou na semana passada e deve ser finalizado na sexta-feira (12).
Atos em São Paulo
A manifestação realizada neste domingo, 7 de setembro, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela anistia aos condenados do 8 de Janeiro reuniu cerca de 42,2 mil pessoas na Avenida Paulista. O cálculo é do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common.
Inflável com o presidente Lula vestido de presidiário
Inflável com o presidente Lula vestido de presidiário
Marcelo D. Sants/Ato Press/Estadão Conteúdo - 97.09.2025
Além de Tarcísio, participaram da manifestação a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O ato contou com discursos em trio elétrico, faixas contra o ministro Alexandre de Moraes, um boneco inflável de Lula com roupa de presidiário e bandeiras dos Estados Unidos, em meio a cobranças ao Congresso para avançar com pautas de interesse bolsonarista.
Perguntas e Respostas
Quais foram as críticas feitas por Tarcísio de Freitas ao STF?
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou os ministros do STF durante um discurso na Avenida Paulista, afirmando que não aceitará que “nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes. Ele também mencionou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.
Como Gilmar Mendes respondeu às críticas de Tarcísio?
Gilmar Mendes, decano do STF, rebateu as críticas de Tarcísio em suas redes sociais, afirmando que a verdadeira liberdade vem do fortalecimento das instituições e não de ataques a elas. Ele negou a existência de uma “ditadura da toga” no Brasil e defendeu que o STF tem cumprido seu papel, ressaltando que o país não pode tolerar tentativas de golpe que ameaçam a democracia.
Qual é o contexto das manifestações mencionadas no texto?
As manifestações ocorreram no Dia da Independência, 7 de setembro, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e pela anistia aos condenados do 8 de Janeiro. O ato reuniu cerca de 42,2 mil pessoas na Avenida Paulista e contou com a participação de Tarcísio, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Durante o evento, foram feitos discursos em trio elétrico e exibidos faixas contra o ministro Alexandre de Moraes.
O que está em julgamento no STF atualmente?
Atualmente, está em julgamento no STF o núcleo crucial da trama golpista, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados são réus por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado. O julgamento começou na semana anterior e deve ser finalizado na sexta-feira, 12 de setembro.
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