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Após ligação recusada por Alcolumbre, Messias centra esforços em presidente da CCJ e relator

Messias será sabatinado no Senado em 10 de dezembro; Alcolumbre tem se mostrado insatisfeito com a indicação

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Jorge Messias, indicado ao STF, enfrenta dificuldades de comunicação com Davi Alcolumbre, presidente do Senado.
  • Após a recusa de Alcolumbre, Messias busca apoio do presidente da CCJ, Otto Alencar, e do relator Weverton.
  • Alcolumbre planeja a sabatina de Messias para 10 de dezembro, exigindo que ele obtenha 41 votos para aprovação.
  • A insatisfação entre Messias e Alcolumbre pode afetar a relação do Senado com o governo Lula.

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Brasília (DF) 01/08/2025 - O Advogado-geral da União, Jorge Messias, participa da sessão de abertura do segundo semestre judiciário no STF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Jorge Messias foi indicado por Lula ao STF Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - 1.8.2025

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado-geral da União, Jorge Messias, tem corrido contra o tempo. Após ter telefonemas ignorados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ele tem conversado com outras peças importantes para viabilizar sua aprovação na Casa.

Messias ligou para Alcolumbre no mesmo dia em que Lula anunciou a escolha, em 20 de novembro, mas não foi atendido, e tampouco o senador retornou, segundo o relato de uma pessoa próxima do advogado-geral da União.


Sem conseguir contato direto, Messias divulgou nesta semana uma nota pública dirigida a Alcolumbre, que ainda não tinha pautado a sabatina. Ele disse que tem uma relação “saudável, franca e amigável” com o senador, por quem tem “grande admiração e apreço”.

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Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso na Corte.


Com a porta fechada com Alcolumbre, Messias apostou na conversa com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o governista Otto Alencar (PSD-BA), e o relator da indicação, Weverton (PDT-MA), próximo ao ministro do STF Flávio Dino — que tem sido apontado como pedra no sapato de Messias nesse percurso.

A rejeição de Alcolumbre ao contato de Messias é tratada como indelicadeza e mais uma prova de que o presidente do Senado trabalha contra a indicação.


Duas horas após Lula indicar Messias, Alcolumbre anunciou uma pauta-bomba com impacto bilionário para as contas públicas, em sinal de retaliação.

Na terça-feira (25), ele marcou a sabatina de Messias para 10 de dezembro, prazo considerado exíguo para a tarefa de conversar com todos os 81 senadores — quase seis encontros por dia, contando sábados e domingos. O ministro de Lula precisará de maioria absoluta da Casa, ou seja, 41 votos, para ser aprovado.


Messias está no Senado nesta quarta-feira (26) e terá uma série de encontros nos próximos dias para tentar garantir sua cadeira no STF. O processo é costumeiro para todos os indicados ao cargo e chamado de “beija-mão” no jargão político.

Nenhum indicado pelo presidente da República ao STF, entretanto, foi rejeitado pelo Senado desde a redemocratização.

A insatisfação tem se arrastado. Alcolumbre decidiu não comparecer à cerimônia de sanção da ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) nesta quarta.

O presidente do Senado disse a interlocutores que, a partir de agora, será um “novo Davi” para o Palácio do Planalto.

“Vou mostrar ao governo o que é não ter o presidente do Senado como aliado”, afirmou Alcolumbre na quinta-feira (20), a portas fechadas, depois de saber que Lula confirmara a escolha de Messias.

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