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Após restrições impostas pelos EUA, Padilha fala por vídeo em evento em Washington

Governo norte-americano concedeu visto ao ministro da Saúde, mas com limitações de circulação no país

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, critica restrições ao seu visto impostas pelos EUA.
  • Participa do evento da Opas por videoconferência devido às limitações de circulação.
  • Apela por recursos para imunização e destaca a importância de combater o negacionismo em saúde.
  • Enfatiza a necessidade de cooperação entre os povos das Américas e menciona avanços na cobertura vacinal no Brasil.

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Padilha: 'Não precisamos de restrição a autoridades, precisamos é restringir as doenças, como o sarampo' Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou nesta segunda-feira (29) a imposição de restrições ao seu visto pelo governo dos Estados Unidos. Ele também atacou políticas consideradas “negacionistas” na área de saúde.

Padilha não pôde participar presencialmente de um evento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington, que ocorre até a próxima sexta-feira (3).


“Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo, que se espalha a partir da América do Norte”, afirmou.

O ministro participou por videoconferência do 62º Conselho Diretor da entidade, que reúne as autoridades de saúde das Américas. Em seu discurso, garantiu que a decisão dos EUA não restringirá a circulação das ideias do Brasil. “Podem impor tarifas abusivas, mas não vão impedir nossa vocação para a cooperação entre os povos das Américas.”


‘Negacionismo de líderes’

Padilha também criticou a desinformação. “Nada impedirá o Brasil de agir diante do negacionismo. Quando o negacionismo é impulsionado por líderes de governo, vimos isso na pandemia da covid-19, milhares de vidas e a unidade entre as nações são perdidas.”

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O ministro da Saúde também enfatizou a necessidade de recursos para pesquisas na área de imunização. “Por isso, precisamos agir diante dos cortes em programas de vacinação e de pesquisas, um retrocesso para a ciência, uma ameaça à vida.”


No mês passado, Padilha criticou o governo norte-americano por restringir recursos para pesquisa de vacinas. O ministro declarou que o Brasil pretende ampliar a participação para garantir produtos mais acessíveis inclusive para todas as Américas. “Precisamos construir pontes entre os povos americanos, não barreiras ou muros. Ao contrário daqueles que nos restringem, vamos continuar a defender as vacinas, a ciência e os sistemas públicos de saúde”, frisou.

‘Portas abertas’

O ministro lembrou que o país retomou o aumento da cobertura vacinal, depois de seis anos de quedas consecutivas. Ele disse que é preciso manter a cooperação com instituições e empresas das Américas e do mundo para a produção de vacinas e medicamentos em todas as plataformas tecnológicas. E convocou pesquisadores e empresas de vacina de RNA mensageiro para atuarem no Brasil.


“As portas do Brasil estão abertas à ciência e à inovação”. No âmbito interno, Padilha aproveitou para explicar que o governo federal duplicou o programa Mais Médicos, o que garantiu presença de profissionais na atenção primária “especialmente nas regiões mais pobres”. Segundo ele, essa política pública, em parceria com a Opas, é aprovada “por quem importa”.

Outra política pública destacada no discurso foi o Agora Tem Especialistas, que tem o objetivo de reduzir as filas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames e cirurgias.

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